Viver
Palavra de Honra | A ideia é o que me tem salvo a vida.
Rodolfo Faustino, arquitecto
Palavra de honra que fiz um esforço. Pela admiração à democracia. Mas, já não há paciência… para ouvir aquele atrasado mental do Chega que só engana quem não sabe ler nem escrever. E que na verdade é gente a mais.
Detesto… malta que cospe para o chão.
A ideia… é o que me tem salvo a vida. Sempre fui muito criativo e as ideias brotam-me naturalmente. Algumas deram certo.
Questiono-me se… eu não tivesse sempre tantas ideias, não seria um homem mais bem-sucedido. Palavra de honra que o faço.
Adoro… os meus amigos. Tenho um bom punhado deles que se preocupam e me ajudam quando preciso, mas há um grupo de 17 pessoas, entre família e amigos, para os quais escrevo um email de tempos a tempos. A regra é não responder. Só ler. Comecei há uns anos e o primeiro email levava um desafio para percebermos quantas horas ainda vamos estar juntos até ao fim das nossas vidas. Fazia parte de uma campanha publicitária mas vale a pena dar uma vista de olhos em www.ruavieja.es/tenemosquevernosmas/
Lembro-me tantas vezes… dos conselhos da minha mãe que eu teimei em não ouvir.
Desejo secretamente… terminar a minha vida a gerir uma bela barraca de praia onde só vendo coca-cola. Cola com gelo e com ou sem limão. Só isto. Imagino-a em São Vicente, onde vou algumas vezes e me tratam bem. Sempre muito limpa e bem pintada de branco, só tem o logo da marca no balcão e a marca paga-me consideravelmente para a manter assim. Sirvo umas coca-colas incríveis, ouço música e as histórias que os clientes me queiram contar.
Tenho saudades… de Leiria. Da Domingues Sequeira e depois da minha empresa na Rua Direita. De bisbilhotar uns livros na Arquivo, trocar dois dedos de conversa e um abraço com o Paulo Santos dos móveis, andar de mota com o Pedro Cordeiro, almoçar no Manel com o Riquinho, de comprar tênis no Zé Calvito e presentes na Verónica da Creaminal. De jantar no Joel da Malagueta Afrodisíaca ou no Nuno do Putannesca. De dormir no porto de abrigo do Quinzinho e da Sandra. E de algumas pessoas que a vida teimou em afastar.
O maior medo que tive… foi quando a mãe da minha filha se sentiu mal durante a gravidez.
Sinto vergonha alheia da forma como a generalidade das pessoas destila ódio nas redes sociais. Nas minhas eu tenho uma regra. Só partilho algumas coisas de família (tenho as redes privadas e organizadas), os sucessos dos meus amigos de que me orgulho também (o elogio produz a dopamina e isso é bom) e os meus "lifegoals" que na verdade são mentiras descaradas sobre coisas que eu gostaria de ter ou viver. Estes devaneios por vezes têm graça e recentemente convidaram-me para fazer um livro sobre eles. Não aceitei.
O futuro… próximo será a mimar os meus filhos até poder e a trabalhar tal como tem sido o meu passado. Tenho assuntos para resolver e quero-os resolvidos. Luto muito por isso. Profissionalmente gostava de voltar rapidamente ao Rock in Rio, que forçosamente parou em Abril por causa da pandemia, e finalmente ver acontecer os festivais que ajudei a desenhar. Ver nas livrarias o livro "Gentes de..." que é sobre legados e histórias de vida de pessoas "simples" que encontrámos entre um copo de vinho e uma dose de entrecosto por várias freguesias do país. É uma ideia bonita com histórias escritas pelo jornalista Jorge Flores e fotografadas pela Estelle Valente. Sairá em Fevereiro. Finalmente que o último projeto onde tenho trabalhado, seja um sucesso. Chama-se Check-up e é dedicado à comunicação social no setor automóvel. Tem estado a correr tão bem, mas não me esqueço que estamos em 2020.
Se eu encontrar… a chave certa do euromilhões, não o usufruirei sozinho. Gosto mais de partilhar do que de ter.
Prometo… não prometer. A vida ensinou-me isso. Não prometas. Faz só.
Palavra de honra que tenho orgulho… nos meus filhos.