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Museu de Leiria disputa prémio Museu Português com Porto, Lisboa e Pinhel

2 jun 2016 00:00

O vencedor será anunciado na sexta-feira a partir das 15:30 horas, no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

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O Museu Municipal de Leiria está nomeado para o Prémio Museu Português 2016, organizado pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), juntamente com o Museu da Misericórdia do Porto, o Museu Teatro Romano de Lisboa e o Museu Municipal de Pinhel.

Contactado pela agência Lusa, João Neto, presidente da APOM, indicou que são estes os quatro finalistas apurados para o prémio de melhor museu, cujo vencedor vai ser anunciado na sexta-feira, numa sessão que se realiza a partir das 15:30 horas, no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

Este é um dos principais galardões de um palmarés com cerca de 30 categorias que esta entidade dedicada à museologia atribui anualmente, desde 1997, a museus, projetos, profissionais e atividades desenvolvidas no sector. Os prémios são referentes ao ano anterior à atribuição. 

O Museu Municipal de Leiria - cuja origem remonta a 1917, com a criação do Museu Regional de Obras de Arte, Arqueologia e Numismática de Leiria - foi inaugurado em 2015, com um conteúdo que enquadra o acervo do antigo museu, as colecções artísticas municipais e a reserva arqueológica.

Possui dois espaços expositivos: o primeiro faz uma leitura geral da história do território, com objectos, acontecimentos e mitos, e, no segundo, são apresentadas exposições temporárias que aprofundam temáticas e colecções específicas. 

O Museu da Misericórdia do Porto, inaugurado em 2015 pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, no centro da cidade, revisita os 500 anos de história daquela instituição e apresenta uma mostra das suas colecções de arte.

O percurso museológico integra a Igreja da Misericórdia, construção do século XVI, que recebeu uma grande intervenção no século XVIII, protagonizada por Nicolau Nasoni, e a Galeria dos Benfeitores, exemplar da arquitectura do ferro e vidro da cidade.

Construído na época do Imperador Augusto, o Teatro Romano de Lisboa, ocupa a vertente sul da colina do Castelo e apresenta um percurso com uma área de exposição, um campo arqueológico e as ruínas do teatro. 

Além da exposição de materiais e elementos recolhidos, o museu disponibiliza suportes multimédia com informação sobre o Teatro Romano e a sua história, actualizando os dados sobre a arqueologia, os planos de conservação e recuperação. Abandonado no século IV d.C., permaneceu soterrado até 1798, ano em que as ruínas foram descobertas durante a reconstrução pós-terramoto. 

Foi objecto de várias campanhas arqueológicas, desde 1967, que recuperaram parte das bancadas, da orquestra, da boca de cena e do palco e um conjunto de elementos decorativos. 

O novo Museu Municipal de Pinhel, distrito da Guarda, inaugurado em 2015, acompanha a história do território, desde os materiais arqueológicos da pré-história, a ocupação romana, a época medieval, com objectos militares.

O período moderno é representado, entre outras peças, com esculturas provenientes de igrejas e capelas desaparecidas, exposição de bandeiras dos ofícios, tradicionalmente usadas em procissões.

O percurso do museu termina na actualidade, com testemunhos de pinhelenses, residentes no concelho, no país ou espalhados pelo mundo.

Os prémios são atribuídos pela APOM – fundada em 1965 -, para incentivar o espírito de preservação e divulgação do património dos museus, segundo a associação, e distinguem ainda, entre outros, a melhor intervenção e restauro, o melhor catálogo, mecenato e projeto museográfico.

Agência Lusa/Jornal de Leiria