João Costa: "Seria óptimo ser novamente seleccionado para o Indie Lisboa e Curtas de Vila do Conde"

Jogou federado até aos 18 anos de idade; quando é que percebeu que não ia passar pela vida a conduzir um Porsche comprado com o salário de futebolista?
Mesmo a tempo. Isso dos Porsches não é para mim e o futebol já na altura era um mundo demasiado fraudulento para a minha jovem e outrora farta cabeça, a nível capilar entenda-se. Eu somente gosto do jogo.

Hoje nas futeboladas com amigos está mais próximo do Éder versão final de Paris ou do Éder versão Éder?
Versão João (Costa), com mais idade e peso. Confesso que fui daqueles que questionaram a chamada do Éder para o Europeu. Agora, já sabemos o que ele lá foi fazer. A magia do futebol é essa, até o Éder pode decidir um Campeonato da Europa.

Da selecção campeã da Europa, quem gostaria de ter a jantar lá em casa?
Qualquer um que esteja disponível para novas experiências (gastronómicas, claro). Nunca fui de ter grandes ídolos. Lembro-me de ter "sido" o Jordão, por causa do Europeu de 84, em França.

Ajude-nos a perceber a ligação entre La Alberca e o projecto Prova dos Oito.
La Alberca é mais que um projeto, é um "pueblo muy encantador". Neste caso, refere-se a uma das t-shirts que uso como chef do projeto Prova dos Oito - Underground Restaurant (mais informações no Facebook). 

De todos os truques de cozinha que domina, em qual tem mais orgulho?
Cozinhar com paixão, apesar de não ser truque. A técnica é necessária claro, mas o prazer de proporcionar experiências aos outros através da comida é verdadeiramente desarmante.

É um chef que segue a filosofia Nações Unidas ou nos seus tachos há coisas que não se misturam?
Não gosto tanto de seguir filosofias, prefiro a magia do momento dentro dos tachos. A parte criativa da cozinha é algo que me seduz e liberta de alguma forma, os ingredientes pedem ou não para entrar no tacho, é preciso senti-lo.

Quando chegou a Leiria e lhe apresentaram morcela de arroz, ficou: a) chocado b) maravilhado c) intrigado.
c) seguido de b). É essencial experimentar tudo (ou quase). O cozinheiro tem que estar disponível para novas experiências, novos ingredientes, novos sabores, sinto-o como uma coisa natural e ao mesmo tempo estimulante. Sempre que viajo, tento trazer novos sabores comigo.

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