Sociedade
Tribunal de Leiria decreta internamento para jovem que matou o pai em Peniche
Arguido foi declarado "inimputável", devido a anomalia psíquica grave e vai ficar internado por um período entre três a 16 anos
O Tribunal de Leiria condenou hoje a internamento, o jovem de 22 anos, que, em Agosto do ano passado, esfaqueou, mortalmente, o pai em Peniche.
O colectivo de juízes considerou provada a prática de homicídio simples - estava acusado de homicídio qualificado, mas concluiu pela "falta de culpa" do arguido, por ter agido num contexto de anomalia psíquica grave, que impede de avaliar "o alcance das suas condutas".
Para o tribunal, ficou concluído que o arguido é inimputável, que "padecia e padece" de esquizofrenia paranóica, uma anomalia psíquica "grave", que não lhe permitiu avaliar a gravidade dos actos praticados.
Em face desses factos, provados por perícias forenses, nomeadamente, psiquiátricas, o colectivo de juízes decretou o internamento do jovem em instituição psiquiátrica por um período mínimo de três anos e máximo de 16 anos.
Segundo a presidente do colectivo de juízes, a saída em liberdade, antes dos 16 anos, acontecerá quando os médicos atestarem que o arguido "faz o tratamento e que está consciente que tem de ser medicado e que digam que, clinicamente, está estável e não é perigoso para a sociedade".
Os factos remontam a 16 de Agosto de 2023, quando Francisco S. se envolveu numa discussão com o pai, que começou na casa da família e que continuou na rua, para onde o progenitor fugiu.
O arguido acabou por alcançar a vítima, desferindo-lhe, com uma navalha, um número "não apurado" de golpes, que o atingiram no rosto, peito e numa perna, e que lhe provocaram a morte.