Sociedade
Pais queixam-se de professores de Matemática e Físico-Química
Descontentamento na Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria.
Numa carta enviada ao JORNAL DE LEIRIA, cujo autor prefere não ser identificado, o pai de um aluno da Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, faz diversas queixas sobre dois professores daquela instituição, não sendo já a primeira vez que o jornal recebe queixas acerca dos mesmos.
Exposição das aulas “sem motivação”, grau de dificuldade dos testes “acima da realidade das aulas” e “pouco profissionalismo” são alguns dos problemas mencionados. Após recepção da carta, foram contactados vários pais de alunos dos docentes em causa que, também sob anonimato, relataram outras situações decorrentes. Alguns encarregados de educação afirmam tratar-se de “um problema que se arrasta há mais de dez anos”, que envolve Manuel Gameiro, professor de Matemática, e Deolinda Garrido, de Físico-Química.
Os pais consideram que os alunos “têm sido prejudicados” nos anos em que a disciplina é leccionada por aqueles professores. Além de não adquirirem os conhecimentos desse ano lectivo vêem-se também “prejudicados” pela nota, que lhes “baixa” a média e “dificulta” o ingresso na faculdade.
No entanto, admitem que as aulas de apoio do professor Manuel Gameiro “correm bem”. O “problema” tem maior evidência quando a turma está completa. Ninguém coloca em causa o “conhecimento científico” do docente mas, além de considerarem que “a matéria” é “mal transmitida”, os pais referem a “falta de autoridade” para impor “ordem” na sala de aula. Pais e alunos reconhecem, contudo, que a turma nem sempre “facilita”.
“[O professor] permitiu que vários alunos de outra turma estivessem sistematicamente junto da porta da sala onde decorria um teste de avaliação, permitindo a entrada e saída de alguns daqueles alunos, provocando muito barulho e agitação, o que fez com o que os alunos se desconcentrassem e quase nenhum conseguisse concluir a prova”, conta um encarregado de educação de um aluno do professor de Matemática.
Os pais referem também que “o grau de dificuldade” dos testes está “acima da realidade das aulas” e muitos estudantes viram-se “obrigados” a recorrer a explicações.
Um ex-aluno do docente de Matemática conta ainda que no seu tempo, há cerca de cinco anos, quando algum estudante tentava tirar uma dúvida sobre a matéria, o docente respondia para que fossem “ver ao livro”. E, segundo outro aluno, o mesmo acontecia com a professora de Físico-Química. Mas, também reconhece que “a turma era problemática”.
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