Sociedade
Óbidos caiou de fresco alguns dos seus edifícios públicos
Para estimular os proprietários privados a fazer também a manutenção dos seus imóveis
Vários imóveis municipais de Óbidos, incluindo muros da vila e na rua do Arrabalde, foram caiados de fresco.
A última vez que o município executou esta intervenção foi há mais de duas décadas.
Com o intuito de restaurar a cor branca, original dos edifícios, a iniciativa visa, explica a autarquia em comunicado, servir de estímulo para que os proprietários privados também façam a manutenção dos seus imóveis, "ajudando a preservar a identidade histórica da vila".
Realizados entre Maio e Julho, os trabalhos de pintura dos imóveis municipais recuperaram algumas das características distintivas da vila de Óbidos e da sua Zona Especial: paredes caiadas, com faixas em amarelo, azul, encarnado ou cinza.
O presidente da Câmara Municipal destaca que "o objectivo da iniciativa é preservar a identidade da vila, caracterizada por casas de cores vibrantes que contrastam com o branco da cal, telhados de telha mourisca e janelas adornadas com vasos floridos".
Filipe Daniel adianta que haverá outras iniciativas semelhantes com o fim de "embelezar a vila e valorizar o seu património, reconhecido como uma das 7 Maravilhas de Portugal".
Os muros da Porta da Vila, o Posto de Turismo e seus muros, a Casa da Porta da Vila e seus muros, a Casa da Música, as instalações sanitárias da Porta da Vila, a Casa Eduardo Silva, a Casa da Muralha, os Paços do Concelho, a Capela de São Martinho, a Casa do Centro e seus muros, a Galeria Nova Ogiva, o solar e os muros da Praça de Santa Maria, a Casa do Pelourinho, a Igreja de Santiago, os muros de Arrabalde e os muros da EN8, foram alguns dos locais intervencionados.
Óbidos é uma das localidades da região que cobra taxa turística e esta ajudou a resolver um problema identificado na preservação do património: os grafitos que os turistas estão a fazer nas típicas paredes caiadas de branco, com a tinta azul-cobalto ou amarelo-torrado, que as debruam.
Muitos acreditam, erradamente, que escrever o nome, datas e desenhar corações é aceite e promovido pela vila.