Sociedade
João Colaço: "Sempre me fascinou a velocidade. Adoro conduzir nos limites, mas estou muito mais calmo"
Carros, ultramaratonas, padel e engenharia na Impressão Digital desta semana.
Engenharia electrotécnica não é um curso com que se sonha na infância, pois não?
Nunca. Não me lembro do que queria ser quando crescesse, mas seguramente que ser engenheiro electrotécnico não estava entre as opções.
Mas era daquelas crianças que montam e desmontam tudo o que apanham?
Não. Estava longe de ser um “engenhocas”. Segui ciências porque o meu grupo de amigos assim o fez.
Os tempos de estudante universitário ensinaram-lhe que o Porto é uma lição, uma nação ou uma paixão?
O Porto foi uma fase. Não deixei grandes laços. Fiz grandes amizades, que mantenho. Não será muito normal, mas os amigos que criei são maioritariamente da minha terra.
E afinal onde é que se come a melhor francesinha?
Na altura o parâmetro de escolha era a relação entre a qualidade e o preço, não apenas a qualidade. Comi boas francesinhas no Café Barcarola, na zona do Marquês. Actualmente, dizem que a melhor é no Café Santiago.
Confirma a ideia de que os engenheiros têm jeito para a bricolage?
Não sou um bom exemplo nessa área. Falta-me alguma paciência.
Depois da indústria, o ramo automóvel. Só por amor à velocidade?
Por amor aos automóveis, sim. Sempre tentei ter uma ocupação profissional que me apaixonasse.
Acorda mais cedo para ver a partida do grande prémio de Fórmula 1 em directo?
Nos últimos anos, desde que as transmissões passaram para canais pagos, perdi esse hábito. Já não acompanho com a mesma proximidade de outros tempos.
Quando conduz, é habitual levar o ponteiro ao vermelho?
Sempre me fascinou a velocidade e a emoção forte. Em trabalho, tive oportunidade de testar máquinas fantásticas. Adoro conduzir nos limites. Mas actualmente estou muito mais calmo. Efeitos da idade.
Também era rápido nos tempos do hóquei federado?
Era mediano. Quando cheguei aos juniores, não havia atletas suficientes para fazer uma equipa, no meu clube, o Sporting Clube Marinhense, pelo que fui forçado a abandonar a prática.
A quem é que não se importava de meter os patins?
A quem abusa de alguns dos sete pecados capitais.
E a quem é que não comprava um carro em segundo mão?
Não vamos ferir susceptibilidades, está bem?
Dos automóveis para a gestão de um clube de padel: outra curva inesperada?
Acho que foi a evolução lógica. Depois de 16 anos no ramo automóvel, quando saí do último concessionário onde trabalhei, surgiu a vontade de dar voz à paixão pelo desporto.
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