Economia
Empresas suportam bolsas com esperança de captar novos talentos
Iniciativa financia primeiro ano de 27 alunos do IPLeiria
Primeiro foram sete, depois 24 e agora 27. Em apenas três anos, o número de bolsas IPL Indústria, suportadas por empresas da região, mais do que triplicou. Este ano, a maioria foi atribuída a alunos de cursos de engenharia, área em que o tecido empresarial tem sentido dificuldades em recrutar.
Quinta-feira passada, na cerimónia de entrega das bolsas aos estudantes, Nuno Mangas lembrou que os cursos de licenciatura na área das engenharias “não são dos mais procurados, mas são dos que têm maior empregabilidade”.
Por isso, esta iniciativa “é relevante para mostrar que a região precisa de mais engenheiros”, considerou o presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria). Também Jorge Santos referiu as “dificuldades de recrutamento” sentidas pelas empresas, “desde os operadores aos técnicos mais qualificados”.
Para o presidente da Nerlei, as bolsas IPL Indústria traduzem o “reconhecimento” do tecido empresarial da região face ao trabalho do instituto. Ao mesmo tempo, ajudam a reforçar a proximidade entre docentes e empresas e a captar talentos.
João Faustino disse que as empresas estão hoje sujeitas a enormes desafios e a “pressões drásticas para redução de preços”, a que só conseguirão responder com recursos humanos qualificados. “Temos de ajustar métodos, ou ficamos pelo caminho. Precisamos de tirar partido dos equipamentos com gente nova, com conhecimento e dedicação, aspecto que nesta indústria [moldes] é muito importante”, frisou o presidente da Cefamol.
Nuno Mangas falou ainda da ambição de alargar a atribuição de bolsas a mais cursos de mais escolas do IPLeiria (este ano já houve uma bolsa para um curso da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha), mostrando a esperança de que mais empresas se juntem à iniciativa. “As tecnologias e a gestão são estruturais para as empresas, mas há outras áreas que também faria sentido apoiar, e estou a lembrarme do turismo”.
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