Opinião
As casas da vergonha
Foram milhões de euros de donativos que mostram bem a solidariedade e o sentimento de entreajuda que caracterizam o povo português.
De tudo o que envolveu a tragédia do incêndio de Pedrógão, houve pelo menos um aspeto positivo: a enorme onda de solidariedade espontânea dos portugueses.
De norte a sul, os portugueses, de forma individual ou de forma mais organizada, procuraram ajudar a minimizar a dor daqueles que perderam os seus bens e os seus familiares em resultado dos incêndios.
Foram milhões de euros de donativos que mostram bem a solidariedade e o sentimento de entreajuda que caracterizam o povo português.
Face à gravidade de tudo o que aconteceu, em especial à triste circunstância de termos nesse incêndio assistido à morte de 66 pessoas, seria expectável que fossem canalizadas estas verbas para a ajuda à reconstrução de casas de primeira habitação.
Ou seja, fossem canalizadas para aqueles cuja vida foi súbita e repentinamente afetada pelos incêndios. Mas não.
Já tínhamos alertado para a enorme confusão e atraso na reconstrução, para a discricionariedade das reconstruções, para a divergência do número de casas ardidas referido pelo Governo ou constante no Fundo Revita, mas o pior foi tornado público a semana passada.
Terão existido casas reconstru&ia
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