Economia
Web Summit: Duas empresas nacionais relatam casos de sucesso
Duas das 67 'startup' que representaram Portugal na Web Summit relataram casos de sucesso: a knok healthcare está efectivar a internacionalização e a B-PARTS a celebrar a quintuplicação do seu crescimento.
Segundo José Bastos, da knok healthcare, os objectivos da participação na conferência tecnológica e de empreendedorismo de realizar contactos e formalizar investimentos foram alcançados, precisando que a empresa levantou 350 mil euros e que avança para a internacionalização.
"Como consequência do levantamento de fundos, ainda durante o primeiro semestre de 2017 conseguiremos lançar a knok em Madrid e, simultaneamente, lançar a aplicação knok 2.0, com mais serviços e uma oferta ainda mais relevante, que vai ao encontro do 'feedback' [retorno] que temos recebido dos nossos pacientes e dos nossos médicos", afirmou o co-fundador da aplicação.
Apresentando-se estilo 'Uber para médicos' e com o objetivo de melhorar o acesso a cuidados primários de saúde, a plataforma liga em tempo real doentes e médicos para "consultas pessoais, personalizadas e de elevada qualidade".
A sua ronda 'seed' (ronda de investimento inicial), no valor de 350 mil euros, foi liderada pela Mustard Seed, uma empresa de capital de risco londrina. O acordo foi divulgado aquando da realização da Web Summit, que decorreu em 2016 pela primeira vez em Lisboa.
A B-PARTS, que garante ser o maior distribuidor de peças usadas da Europa, garantiu ter quintuplicado (400%) o seu crescimento em 2016.
O co-fundador Luís Vieira resumiu o percurso da empresa à Lusa, relatando o início em 2014, a entrada no mercado nacional em 2015 e a internacionalização para Espanha em 2016.
"O arranque comercial da B-PARTS em 2015 superou as nossas expectativas em facturação e 2016 comprovou a resiliência do modelo de negócio com um crescimento de 400%. 2017 arranca com 'break-even' (equilíbrio) operacional do negócio", garantiu o responsável.
Na base da evolução esteve o aumento contínuo do 'stock' na plataforma e a aposta em produtos mais competitivos adquiridos em Espanha. "Actualmente, 35% do volume de negócios da B-PARTS é exportação", acrescentou Luís Vieira, notando que a participação na Web Summit possibilitou exposição internacional e 'networking' (contactos) com investidores e empresas do setor.
Quando passam seis meses sobre a realização da Web Summit, a agência Lusa voltou a contactar as empresas em início de actividade e com grande potencial de crescimento ('startups') que representaram Portugal, para actualização do balanço da sua participação.
Com possibilidade de respostas múltiplas, o inquérito questionava sobre se os objectivos de participação tinham sido alcançados, quais os objectivos traçados e as hipóteses de voltar a participar no evento fundado em Dublin.
Das 31 empresas que responderam, a maioria referiu ter cumprido os objectivos definidos, que eram sobretudo para fazer contactos e dar a conhecer a empresa. Apenas três 'startup' indicaram que tinham por meta formalizar investimentos.
Vinte e duas empresas indicaram que voltariam a participar na Web Summit através de concurso, como em 2016.
Lusa