Economia
Volume de negócios do sector empresarial do distrito de Leiria desceu para 5,51% em 2023
É o valor mais baixo desde 2013
Após dois períodos económicos de crescimento no distrito de Leiria (2021 e 2022), a subir, respectivamente, 17% e 21%, foi registado um abrandamento na variação do volume de negócios em 2023.
Embora a taxa, seja ainda positiva, de 5,51%, o território já não registava um abrandamento assim desde 2019, sendo o valor de crescimento mais baixo registado desde 2013.
A excepção foi 2020, em plena pandemia, quando a variação foi negativa.
Estes valores foram avançados pelo mais recente relatório do Iberinform, entidade que aponta ainda para uma redução no número de insolvências em 20%, face ao período homólogo, e, ainda, um aumento de 2% em constituições de novas empresas.
As empresas dos 16 concelhos do distrito de Leiria representam aproximadamente 5% do total de empresas portuguesas que prestaram contas.
Leiria lidera com 32% das empresas do distrito, seguido de Alcobaça (22%), Pombal (11%), Caldas da Rainha (11%), Marinha Grande (7%), Porto de Mós (5%).
A maior fatia das empresas, 86%, pertence ao segmento de microempresas e representa 14% do volume de negócios total.
As pequenas empresas são 13% do total de empresas do distrito, mas são as maiores contribuidoras para o volume de negócios total (34%).
Para este valor, as médias empresas contribuem em 33%, sendo que apenas representam uma percentagem de cerca de 2% do universo empresarial do território.
As empresas de grande dimensão são escassas e têm vindo a diminuir em número nos últimos anos, correspondendo a apenas 0,2% do universo total, mas ainda assim contribuem com 19% do volume de negócios total.
No distrito, 38% das empresas estão concentradas no sector de serviços.
Os outros ramos de negócio que se destacam incluem a construção (13%), a indústria (11%), a agricultura e os transportes (ambos com uma percentagem de 4%).
No que toca à contribuição para o volume de negócios do distrito, os serviços apenas contribuem com 9%, a par da construção onde, embora existam menos empresas, a contribuição é semelhante.
A maior fatia pertence à indústria, com 31% do total do volume de negócios.
Os sectores da agricultura e transportes contribuem com 4% cada para o total.
No que diz respeito ao risco de incumprimento, aproximadamente uma em cada quatro empresas (22%) de Leiria apresenta um nível máximo ou elevado de risco.
Em geral, adianta o mesmo documento publicado pela Iberinform, as empresas apresentam um nível médio (41%) ou baixo (37%) de incumprimento.
“É, ainda, notório que à medida que aumenta a dimensão da empresa, menor é o risco associado às mesmas. Entre sectores, o risco é semelhante, mas, ainda assim, o da agricultura possui um índice de risco mais baixo. Quando observamos a antiguidade das empresas de Leiria, percebemos que quanto mais antigas são, maior é o seu volume de negócios e menor é o risco associado às mesmas”, adianta o organismo.
Empresas com uma idade compreendida entre 16 e 25 anos totalizam 20% das empresas e contribuem com 16% do volume de negócios total.
As empresas com mais de 25 anos representam 19% das empresas de Leiria, com uma facturação equivalente a cerca de metade do volume de negócios total.