Sociedade
Três vítimas de acidente na Bélgica eram do Oeste
Presidente da Câmara de Alcobaça confirma mortes de naturais da Benedita na derrocada da Bélgica
Três vítimas de nacionalidade portuguesa, que morreram no acidente de construção de uma escola em Antuérpia, na Bélgica, na sexta-feira eram da regi\ao do Oeste. Duas da Benedita, concelho de Alcobaça, e outra de Caldas da Rainha.
Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, confirma, na página do seu facebook, que "três portugueses recentemente falecidos no desabamento de uma escola em obras em Antuérpia, Bélgica, dois eram jovens beneditenses, um na casa dos vinte poucos anos e outro na casa dos trinta e poucos anos".
Segundo noticiou hoje o Correio da Manhã, as vítimas têm 33, 35 e 49 anos.
O mais novo esperava regressar à Benedita em Julho, depois de não ter vindo a Portugal nas férias da Páscoa.
O mesmo jornal adianta ainda que há um ferido grave, de 34 anos, natural de Caldas da Rainha, que terá saltado dos andaimes, quando se apercebeu da derrocada.
O acidente de construção de sexta-feira numa escola em Antuérpia, na Bélgica, resultou na morte de cinco trabalhadores, dos quais quatro com nacionalidade portuguesa, confirmou hoje o Governo, através da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas.
“Temos confirmadas já as vítimas: três são cidadãos portugueses - que eram os nomes que inicialmente foram comunicados à embaixada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros belga - e um cidadão de dupla nacionalidade moldava e portuguesa, que também está identificado. Já temos o contacto da esposa e estamos também a verificar se tem necessidade de algum apoio”, afirmou à Lusa a secretária de Estado Berta Nunes, num balanço final das operações de salvamento.
A governante adiantou também que já foram efetuados contactos com a seguradora da empresa portuguesa subcontratada, e que “o seguro já está a tratar de tudo o que é necessário”, tendo ainda sido disponibilizado um contacto directo da embaixada de Portugal na Bélgica para também prestar apoio.
“Todos estes três trabalhadores portugueses que faleceram e o que está internado são de uma empresa portuguesa subcontratada da empresa belga, e o seguro está já a acionar todos os meios para trasladar os corpos e para todos os procedimentos que forem necessários”, explicou à Lusa, indicando que será preciso voltar a falar com a família do cidadão com dupla nacionalidade, para aferir uma eventual trasladação.
Sobre o trabalhador português internado num hospital de Antuérpia, Berta Nunes revelou também já ter sido estabelecido contacto, e que a evolução do estado de saúde é favorável.
“Está estável, embora ainda esteja nos cuidados intensivos, mas amanhã, em princípio, sairá para a enfermaria normal e aí já o poderemos visitar. Mas já falámos com ele, está bem, estável, e a evolução é positiva”, referiu, acrescentando: “Não temos os detalhes [do acidente]. Aparentemente, ele não ficou soterrado, mas com a queda terá tido ferimentos graves e, por isso, teve de ser internado nos cuidados intensivos”.
Sem deixar de realçar a “total colaboração” das autoridades belgas neste caso, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas reiterou uma vez mais as “condolências às famílias” e a disponibilidade para prestar todo o auxílio. Ademais, Berta Nunes garantiu que Portugal vai acompanhar através da embaixada a investigação das autoridades belgas sobre este acidente.
O colapso parcial do estaleiro de construção de uma escola em Antuérpia deixou ainda nove pessoas feridas, que se encontram internadas em quatro unidades hospitalares da região. A escola ainda se encontrava em construção e não havia alunos presentes, desconhecendo-se por agora as razões na origem deste desastre.
Entretanto, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, enviou uma mensagem a António Costa, de condolências às famílias dos trabalhadores que morreram no “trágico acidente” de Antuérpia, informou hoje o gabinete do chefe do Governo português.