Viver
Três conversas e um Filme com onça-pintada
Arranca esta terça-feira o Materiais Diversos com o mote Repara, Cuida, Partilha
Como e porquê se começa um festival de arte contemporânea, como se segue caminho e se experimentam novas direcções, como se deixam marcas para quem vem depois? Como traçar um percurso comum? O que pode um festival numa paisagem rarefeita?
Perguntas com respostas prometidas para a conversa “Que paisagens pode um festival criar?”, que abre o festival Materiais Diversos esta terça-feira, 5 de Outubro, pelas 15 horas, com a participação de Inês Lampreia, Liliana Coutinho, Cátia Terrinca e Tiago Bartolomeu Costa.
É no Centro Cultural do Cartaxo e representa um regresso ao livro Paisagem Imprevistas — Outros lugares para as artes performativas, editado em 2020.
Ainda na terça-feira e no mesmo local, mas às 17 horas, com sessão também no dia seguinte, às 18:30 horas, o Materiais Diversos propõe Filme, com concepção, coreografia e direcção de Marcelo Evelin, que parte da figura emblemática da onça-pintada, um mamífero em extinção que vive nas matas brasileiras e que é central nas cosmologias ameríndias e nos rituais de cura protagonizados por xamãs.
Às 18:30 horas, Marcelo Evelin junta-se a Danilo Carvalho e Fernanda Silva na conversa “Que povo é esse?” acerca da investigação artística contida no projecto Povo da Mata, uma criação em curso da autoria de Marcelo Evelin, de que Filme é o primeiro objecto.
Na quarta-feira, 6 de Outubro, ainda no Centro Cultural do Cartaxo e às 17 horas, jovens do Cartaxo e da região envolvente reúnem-se sob o mote “Que futuros tenho eu aqui?” E a Materiais Diversos explica: “Nas localidades onde desenvolvemos este festival, encontramos como uma das principais razões do nosso trabalho a inquietude juvenil perante a falta de horizontes de possibilidade amplos e estáveis”.
O festival de artes performativas Materiais Diversos decorre entre 5 e 17 de Outubro em Alcanena, Cartaxo e Minde, com foco na desaceleração, inscrição, pluralidade e acessibilidade e o objectivo de colocar no centro as pessoas e as relações.
O programa inclui conversas, acções, um ponto de encontro activo e espectáculos de teatro e dança.