Economia

Transfor investe 26,5 milhões no Algarve e em Fátima

19 abr 2025 19:00

Nova unidade do Algarve tem potencial para criar até novos 400 postos de trabalho

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Nas suas quatro áreas de negócio - Construção, Interiores, Indústria e Sustentabilidade – a facturação cresceu 50%
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A Transfor, empresa sediada em Fátima, prepara-se para concretizar dois grandes investimentos.

Segundo o DN/Dinheiro Vivo, o maior será em Loulé, no Algarve, com o potencial de criar até 400 postos de trabalho e o segundo, em Fátima.

Contactado, o CEO do grupo de engenharia e construção, Tiago Marto, confirma os investimentos que criarão uma nova fábrica no sul do País, com um investimento de 14,5 milhões de euros, e a expansão da unidade de Fátima, num momento “em que a construção modular, em fábrica, é uma alternativa cada vez mais procurada no mercado e com crescente potencial de exportação”.

A operação no concelho de Ourém representa um investimento de 12 milhões.

No Algarve, a meta é o apoio às operações da Transfor com um espaço instalado na antiga fábrica de cervejas de Loulé, prevendo-se a criação de 150 empregos, logo na primeira fase.

A aposta será no fornecimento de edifícios manufacturados em módulos off-site, recorrendo a “soluções sustentáveis para edifícios de indústria, serviços e habitação”, num cenário onde a construção local está mais focada na vertente do turismo.

Ao DN/Dinheiro Vivo, Tiago Marto focou ainda naquilo que apelida como uma “grande transformação” no sector, sublinhando que existe uma maior procura pela utilização de automatização e de potencial intelectual.

“Estamos a contratar muitas mais mulheres e pessoas cada vez mais qualificadas.”

Cerca de metade dos actuais 300 funcionários tem formação superior na área da engenharia.

Nas suas quatro áreas de negócio - Construção, Interiores, Indústria e Sustentabilidade – a facturação cresceu 50% em apenas quatro anos, mas Tiago Marto aponta outros tantos ramos onde vê potencial de crescimento: hotelaria e turismo, onde a empresa de Fátima tem a construção de dez hotéis em curso, a indústria e a logística, os serviços e escritórios e a área residencial.

O empresário defende que, para as empresas nacionais poderem participar em grandes concursos como a Linha de Alta Velocidade ou o novo aeroporto é necessário ganhar dimensão, “por aquisição, fusão ou consórcio”.