Sociedade

SMAS de Leiria recomendam higienização de redes de água

28 abr 2020 22:50

Empresa deixa um conjunto de medidas a adoptar para a manutenção das redes, por forma a garantir a qualidade da água na reabertura dos espaços

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Deixar correr água quente e água fria durante alguns minutos é uma das recomendações
DR

Durante o estado de pandemia, escolas, centros comerciais, hotéis, apartamentos de férias, lojas, ginásios, health clubs, clínicas, restaurantes, cafés e pastelarias, encerraram temporariamente a sua actividade e as redes de água podem sofrer com isso.

Assim, para garantir a qualidade da água após longos períodos sem uso, “é fundamental” a adopção de algumas medidas, apontam os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria. Uma delas é a limpeza/desinfecção de reservatórios de água fria e de água quente sanitária.

Convém ainda realizar descargas em válvulas de descarga, instaladas na extremidade de redes de água quente e de água fria, durante um mínimo de dois minutos, para obrigar a uma circulação nos pontos de água estagnada

Renovar a água existente na tubagem da rede de água fria, deixando correr durante um mínimo de dois minutos em todas as torneiras, incluindo banheiras, chuveiros e autoclismos.

Proceder à limpeza das torneiras e de cabeças de chuveiros para remoção dos detritos acumulados; efectuar descargas nas torneiras de água quente durante cerca de cinco minutos;

Há ainda que assegurar que os reservatórios de água quente e/ou termoacumuladores são esvaziados, se possível e, após enchimento, devem ser mantidos a uma temperatura de 60ºC durante pelo menos uma hora antes de se colocarem em funcionamento, de modo a garantir uma temperatura mínima de 50ºC no ponto mais afastado da rede ou na tubagem de retorno, explica a empresa em nota à imprensa.

Se a rede predial/doméstica for antiga, é possível a alteração na cor da água devido ao contacto com os materiais da rede predial, devendo deixar correr a água na primeira utilização do dia.

É aconselhável ainda proceder à limpeza de sistemas de filtração na rede predial, caso existam. Se os mesmos não permitirem auto limpeza, devem ser desmontados de forma a limpar-se o seu interior.

Avaliar a necessidade, no caso dos centros comerciais, hotéis, ginásios e health clubs, de despiste de legionella em pontos do sistema considerados críticos.

Há ainda que proceder à verificação e manutenção dos órgãos de protecção na rede predial de abastecimento a circuitos fechados (válvulas anti-poluição), caso existam e se necessário.

“Salienta-se que durante o período de pandemia foi reforçada a vigilância do percurso da água, desde a origem até à torneira dos consumidores”, apontam os SMAS.

“Contudo, podem ocorrer alterações devido ao facto de a água ter ficado parada, e em contacto com a tubagem, hidropressores, reservatórios, soldaduras e acessórios da rede predial, assim como por ausência de um mínimo de cloro residual livre. Para isso, é essencial garantir a manutenção da rede predial domiciliária (água quente e água fria) antes do regresso à normalidade e abertura dos edifícios, andares e estabelecimentos”.