Economia
Sem estrangeiros, campismos reabrem com muita preocupação
Os portugueses estão a voltar a fazer campismo. O problema, salientam os empresários do sector, é que sem as habituais visitas estrangeiras será difícil garantir a rentabilidade dos equipamentos
Desde 18 de Maio, quando foi admitida a reabertura dos parques de campismo, têm sido bastantes os espaços desta natureza que retomaram actividade na nossa região. Os empresários do sector falaram ao JORNAL DE LEIRIA sobre as normas que passaram a adoptar, em resultado da pandemia, e expressaram preocupação quanto ao futuro. Os portugueses vão regressando ao campismo, mas, sem fronteiras abertas, sem público estrangeiro, será muito difícil assegurar a rentabilidade do negócio.
O Parque de Campismo de Paredes da Vitória reabriu dia 1 de Junho, adoptando as medidas de segurança recomendadas. Presentemente, explica Célio Coelho, responsável pelo parque, o equipamento só pode aceitar até dois terços da lotação, tem de disponibilizar informação sobre as regras de higiene e de segurança em todos os espaços, criar postos de higienização, reforçar a limpeza e assegurar que os campistas utilizam máscaras. Apesar destes condicionantes, “recebemos muitos telefonemas de pessoas que pretendem fazer reservas”, realça o responsável. Os primeiros dias tiveram menos afluência, mas o fim-de-semana prolongado traz mais campistas, expõe o responsável.
Célio Coelho refere que o público português “manifesta muita vontade em regressar”. E são eles que, regra geral, pernoitam semanas a fio neste parque. Com as fronteiras encerradas, serão de esperar menos autocaravanas dos estrangeiros, que costumavam ficar dois ou três dias, expõe o responsável.
Em São Martinho do Porto, o Parque de Campismo Colina do Sol reabriu ontem, aproveitando o feriado que convida muitos a um fimde-semana prolongado. Diogo Castro, gerente, salienta que, com uma área de nove hectares, é fácil utilizar o parque mantendo as normas de distanciamento social.
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