Sociedade
Santuário de Fátima desafia à reflexão daquilo que é a santidade nos tempos actuais
“O futuro da Igreja é também história da santidade”
O Simpósio Teológico-Pastoral, organizado anualmente pelo Santuário, a partir de hoje, elege como desafio “Fátima, hoje: pensar a Santidade”.
O exemplo dos primeiros dois santos de Fátima, Jacinta e Francisco Marto, impele o recinto mariano para três dias de reflexão sobre essa identidade e desejo de uma comunidade cristã.
A iniciativa tem transmissão em directo nos meios digitais do Santuário de Fátima.
As comunicações podem ser acompanhadas aqui
"Na sessão de abertura, o Cardeal D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, advertiu os cerca de 220 participantes no sentido de não se poder falar da santidade 'só como património do passado'", refere a Diocese, em comunicado.
“O futuro da Igreja é também história da santidade”, disse ainda o bispo da Diocese de Leiria-Fátima, lembrando que sem os santos “a sociedade é constrangida a sofrer uma dramática escassez de amizade e harmonia, como também de um excesso de ódio e de contraposição”.
Considerando que “confinar Deus na religião e na Igreja é uma tentação forte face ao mundo difícil, contraditório, global e em crise global em que nos toca viver", mas que os grandes santos amaram o mundo do seu tempo em crise.
No programa de hoje, as comunicações estão a cargo de Crispino Valenziano, do Pontificio Colégio de Santo Anselmo; Jerónimo Trigo, teólogo moralista da Universidade Católica; Teresa Messias, da mesma Universidade; Amália Saraiva da Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima e da investigadora Marta Brites.
Esta noite terá ainda um momento cultural, “Da música Mariana nas Raízes Lusófonas.
Recriações etnomusicológicas “por B’rbicacho, que decorrerá no Foyer do Centro Pastoral de Paulo VI, na primeira noite do simpósio.
O projecto que junta uma viola da gamba, um clarinete, uma guitarra e três vozes femininas, partindo da época medieval e viajando até ao presente, passando sobretudo pela música de raiz lusófona, propõe um baile, onde é possível saborear desde o malhão mais incôndito à mais doce das mazurkas.