PS questiona Câmara de Alcobaça sobre Museu da Rádio

Carlos Guerra, vereador do PS na Câmara de Alcobaça, questiona a estratégia do município para as questões do turismo, referido-se em particular ao Museu da Rádio.

"Em 27 de Outubro de 2015, o jornal Público publicava uma declaração do ex-presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, onde este afirmava que a previsão era de que o Museu da Rádio entrasse em funcionamento no ano de 2016", recorda o autarca em nota de imprensa.

Este museu, lembra Carlos Guerra, "na primeira contabilização do espólio de Madeira Neves, em 2009, registava 847 objectos relacionados com a radiodifusão e telecomunicações, mas uma nova investigação desenvolvida pelo Serviço de Museologia da Câmara Municipal de Alcobaça identificou 5331 objectos, entre eles 414 rádios, 125 telefones, 287 microfones, 1104 discos de vinil e 42 fonógrafos, sendo considerada como uma colecção que é seguramente uma das mais valiosas ".

"Sete anos depois, não se entende o porquê desta obra ainda não estar terminada. De resto, este assunto leva-nos às instalações do Posto de Turismo, que funcionou neste espaço, e que actualmente não funciona dignamente, e obriga-nos a questionar a estratégia, ou a falta dela, para o turismo no concelho de Alcobaça", salienta o vereador.

"Projetos-âncora ligados à área turística são necessários para manter Alcobaça integrada no eixo turístico Tomar-Fátima-Nazaré, com todos os benefícios que isso acarreta para a economia, comércio e restauração da cidade, mantendo viva a célebre frase ‘Quem passa por Alcobaça, não passa sem cá voltar’ da autoria da cantora lírica Maria de Lurdes Resende", considera o socialista.

Do seu ponto de vista, cultura não se restringe a "festas e certames", passando também pela "preservação do património cultural", que, entende, deve ser "estrategicamente um dos pilares capitais de qualquer política cultural".

Por isso, conclui, "o PS deseja a rápida abertura deste museu de forma a garantir a conservação e restauro desta colecção com peças que remontam aos séculos XIX e XX".

Até ao momento, não foi possível ouvir o presidente da autarquia.