Sociedade

Professora de Porto de Mós ensina Francês no Dubai

29 out 2017 00:00

Irene Pereira está há três anos numa escola internacional inglesa.

professora-de-porto-de-mos-ensina-frances-no-dubai-7438
Maria Anabela Silva

Tal como aconteceu com tantos outros portugueses, foi a crise económica que empurrou Irene Pereira, professora de Porto de Mós e antiga vereadora, para a emigração. Saiu em 2013, primeiro para Inglaterra e depois para os Emirados Árabes Unidos, trabalhando actualmente como professora de Francês numa escola internacional do Dubai.

Da experiência neste país, destaca o “ambiente internacional e multicultural” e o mercado de trabalho “estimulante e competitivo”, onde a evolução na carreira “só está dependente do esforço e do talento”.

Em 2013, com 45 anos, Irene Pereira, formada em Línguas e Literaturas Modernas, viu-se perante um dilema: “ficar [em Portugal] e ir definhando economicamente” ou “dar o salto”. Com dois filhos a estudar, uma dos quais na universidade, acumulou, durante algum tempo, o emprego de professora com o de formadora, avaliadora externa das Novas Oportunidades e explicadora.

Só que, com o agravar da crise estas actividades, que lhe permitiam angariar um rendimento extra, desapareceram e “ficou muito difícil fazer face às despesas”. Irene Pereira decidiu, então, “dar o salto”.

Fez pesquisas de mercado e percebeu que, para leccionar no estrangeiro, “muitos países pediam experiência de ensino em Inglaterra”. Partiu para Londres, “sem conhecer ninguém” e com um quarto arrendado na internet. “Foi das decisões mais difíceis da minha vida”, confessa. Ao fim de um mês em Londres, já trabalhava como docente substituta, “como começam todos os professores portugueses” em Inglaterra.

“Basicamente, consiste em estar preparado às seis e meia da manhã e ir para onde as agências nos enviam, ou seja, escolas em toda a cidade”, conta.

Cedo percebeu que Londres não era o seu sítio. “Emigrar aos 45 anos é muito difícil, ser professora substituta é muito duro e o clima também não ajudou nada”, explica. Começou a concorrer para outros países, conseguindo colocação em Ruwais, uma cidade petrolífera nos Emirados Árabes Unidos, perto da fronteira com a Arábia Saudita. Mais uma vez, chegar a local novo sem conhecer ningu&

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ