Sociedade
Politécnico de Leiria previne e intervém na saúde mental
Grupos de psicodrama, apoio online na área da saúde mental e terapia familiar são algumas das respostas disponibilizadas pela instituição de ensino superior
SAPE 2.0 é o nome do projecto que pretende prevenir e intervir na saúde mental dos estudantes do Politécnico de Leiria. Com um financiamento de 382 mil euros da Direcção-Geral do Ensino Superior até 2026, o SAPE 2.0 entrou em funcionamento em Abril e já obteve os primeiros resultados: a eliminação da lista de espera de 90 dias para uma primeira consulta de psicologia. Os cinco psicólogos – foram contratados mais dois – permitiram dar resposta às necessidades dos estudantes, assegura Carolina Henriques.
A pró-presidente do Politécnico de Leiria adianta que o SAPE 2.0 está integrado no Centro de Apoio ao Estudante (CAE), uma estrutura criada recentemente, o que permite o acompanhamento ao estudante a vários níveis, não só na saúde como nas questões sociais e na resposta às necessidades educativas específicas dos estudantes.
“Continuaremos com a metodologia Ubuntu como estratégia de acolhimento e de integração. Esta equipa de psicólogos terá também em funcionamento uma consulta aberta para situações não agendadas”, revela Carolina Henriques.
O projecto, que foi apresentado na terça-feira, prevê ainda a implementação de grupos de psicodrama e de apoio online na área da saúde mental. “Vamos avançar também com a terapia familiar e uma unidade curricular online para acolhimento e integração de novos estudantes. Teremos a consolidação de percursos internos de referenciação, sendo que para nós é a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, nomeadamente o serviço de psiquiatria, que é um aliado fundamental”.
Nas páginas das redes sociais Instagram e Facebook do CAE vão estar publicadas “orientações que conduzam ao bem-estar e a uma melhoria da saúde mental dos estudantes”, garantindo uma intervenção e prevenção no âmbito do digital.
O SAPE 2.0 disponibilizará ainda formações online sobre auto-cuidados em saúde mental, na área da gestão do estudo e do tempo por parte dos estudantes. Será ainda realizado “um levantamento muito claro sobre as situações ou problemas na área da saúde mental dos estudantes”.
A partir dessa avaliação, efectuada através de um questionário a toda a comunidade estudantil no âmbito da saúde mental, o Politécnico de Leiria poderá delinear mais intervenções ou potenciar alguma actividade.
Carolina Henriques afirmou que “a ansiedade, a depressão e a dificuldade que têm em lidar com a gestão da vida académica com a sua própria vida pessoal” são alguns dos problemas identificados nos alunos, mas também situações de vulnerabilidade social, que “conduzem às situações de vulnerabilidade da saúde mental”, informou.