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Politécnico de Leiria cria biblioteca em alfabeto Braille
“Mãos que Lêem” é um projecto com o apoio do Lions Clube de Leiria
O Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria (CRID) vai criar uma biblioteca em alfabeto Braille na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS).
A colecção tem como nome Mãos que lêem e será a única no País.
Integrando obras de vários géneros, a biblioteca será dotada com novos títulos mensalmente.
Célia Sousa, coordenadora do CRID, explica que a intenção deste centro e do Lions Clube de Leiria, que apoia a iniciativa, é a disponibilização de um espaço em alfabeto Braille “que englobe não só obras técnicas, mas também romances e outras obras, para que a comunidade cega possa ter uma verdadeira biblioteca, diversificada e com opções para todos os gostos e necessidades”.
A docente e investigadora da ESECS sublinha que imprimir livros em Braille é dispendioso, “pelo que o apoio do Lions Clube de Leiria é essencial para a prossecução do projecto”.
O CRID vai adaptar, pelo menos, uma obra por mês, para integrar na biblioteca, sendo que, neste momento, já estão prontos para impressão 23 títulos. Até ao final do ano de 2017, o CRID espera ter 35 obras disponíveis na biblioteca.
O CRID já adaptou oito obras não técnicas para alfabeto Braille, antes da criação desta biblioteca. Entre os títulos preparados para leitura para invisuais, podemos encontrar Viver a vida a amar, de Fátima Lopes, Desnorte, de Inês Pedrosa, e Navios da noite, de João de Melo.
Também já editou dois livros infantis multiformato, e variado material informativo, e lançou o primeiro guião cultural inclusivo do Mundo (Braille, áudio-descrição, Língua Gestual Portuguesa e pictogramas), para o Mosteiro da Batalha.
Hoje, todos os espaços culturais de Leiria contam com guiões inclusivos, desenvolvidos pelo Centro de Recursos, do IPL.