Sociedade
Peões obrigados a usar rotunda aérea para atravessar A19
Câmara de Leiria irá melhorar acesso junto ao Media Markt, agora sem passeios nem passadeiras.
Sabe que é proibido e está consciente dos riscos que corre. Até já apanhou um susto, quando ia sendo apanhada pela colisão entre dois carros. Mas, mesmo assim, Cristina Silva continua a arriscar e a usar a rotunda aérea junto ao Aki, em Leiria, para fazer a pé a travessia entre a Urbanização de Santa Clara, onde reside, e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Leiria, onde estuda. “Não há alternativa”, justifica aquela jovem, que é acompanhada neste argumento por quem faz o mesmo que ela.
E são muitos os peões que diariamente atravessam a rotunda, contornando ou saltando por cima dos rails de protecção, esperando que os automobilistas lhes cedam passagem ou procurando um intervalo na passagem de carros, o que é difícil, sobretudo em determinados momentos do dia – de manhã ou ao final do dia -, quando o volume de tráfego é mais intenso.
“Tenho a noção do perigo, mas a alternativa [travessia junto ao Media Markt] implica o dobro do tempo e também não tem grandes condições de acesso. Faltam passeios e passadeiras”, alega Cristina Silva. Apesar de já ter apanhado “alguns sustos”, Rafaela Pinho continua a recorrer à rotunda área no percurso entre ESTG e a casa onde mora, na Rua do Pisão, em Parceiros.
“É o primeiro ano que estou na cidade e só sei este caminho. Há muita gente a fazê-lo, apesar do perigo. Faz falta uma alternativa mais segura”, defende a jovem. Admitindo que, “às vezes” também utilizada a rotunda, António Reis costuma circular pela passagem que ficou na antiga estrada. Mesmo que para isso tenha que se baixar para atravessar o túnel, porque, “devido às obras [da A19], ficou muito baixa”. “Dá-me pelos ombros”, conta.
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