Sociedade

PCP exige explicações ao ministro da Saúde sobre encerramento da maternidade de Caldas da Rainha

29 mai 2023 13:48

O PCP considera "incompreensível" que o encerramento e encaminhamento dos utentes para o hospital de Leiria tenha sido anunciado "com apenas cinco dias antecedência".

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Serviço de ginecologia e obstetrícia encerra dia 1 para obras em Caldas da Rainha
Ricardo Graça/Arquivo

O PCP quer respostas do ministro da saúde sobre o encerramento da urgência de ginecologia e obstetrícia no Hospital de Caldas da Rainha, pelo que chamou Manuel Pizarro à Assembleia da República.

Alertando para a "difícil situação no que respeita ao adequado acompanhamento da gravidez, ao acesso a serviços de obstetrícia, particularmente os serviços de urgências, à qualidade e disponibilidade dos blocos de partos", o PCP constata que a saúde materna "está confrontada com graves problemas, que têm vindo a agudizar-se e para os quais são necessárias respostas urgentes, bem como a adopção de medidas estruturais que ponham fim à progressiva diminuição da assistência prestada no Serviço Nacional de Saúde".

Segundo o partido comunista, o anunciado encerramento temporário, a partir de 1 de Junho, do serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do Centro  Hospitalar do Oeste (a funcionar no Hospital das Caldas da Rainha), que sofrerá obras de requalificação "não está desligado das dificuldades gerais nesta especialidade que tem levado ao funcionamento de serviços em sistema rotativo".

O PCP considera "incompreensível" que o encerramento e encaminhamento dos utentes para o hospital de Leiria tenha sido anunciado "com apenas cinco dias antecedência".

Afirmando que as obras serão suportadas, em parte, pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha, o PCP exige ainda a "intervenção urgente e organizada nas instalações do actual Centro Hospitalar, investindo nos edifícios, em novos equipamentos e na contratação dos profissionais necessários, de forma a garantir uma adequada prestação de cuidados de saúde de qualidade".

"A decisão de manutenção dos encerramentos rotativos destas urgências e a opção de recorrer aos grupos privados para suprir as necessidades, traz à evidência a opção de continuar a transferir recursos públicos para o sector privado, não actuando onde é necessário, designadamente na captação e fixação dos profissionais de saúde no SNS", salienta, ao reafirmar a "necessidade da construção, sem mais adiamentos do novo Hospital do Oeste".