Sociedade

O Grande Plano | Humberto Magro

19 out 2018 00:00

Fátima a amanhecer

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Dia 10 de Setembro de 2018, 6.30h da manhã. O Santuário de Fátima está praticamente deserto. Enquanto aguardo pelo serviço solicitado pela agência, uma fotografia ao grupo indonésio que está a celebrar uma missa na Capelinha das Aparições, deparo-me com um peregrino que já aquela hora da madrugada, realizava a sua promessa de joelhos.

O que me chamou à atenção não foi tanto a promessa de joelhos. Foi o facto de o peregrino trazer uma vela acesa.Parecia fazer ligação com o dia que estava para nascer. Depois a imensidão do recinto e aquela luz do amanhecer e o homem que parecia sozinho no meio disso.

As imagens que temos de Fátima são quase sempre de multidões, milhares ou milhões de peregrinos. As grandes cerimónias. Mas Fátima é mais que isso. É a relação pessoal de cada um com o divino, o espaço, a beleza do lugar. Tento procurar isso nas minhas fotografias de Fátima.

Como não sou muito de palavra escrita, fico-me por aqui. Acho até que já estou a expor-me demasiado. Há já demasiada gente que fala demais. Não levem a mal, “eu é mais” fotografia.