Sociedade
Número de pessoas em situação de sem-abrigo dispara na Marinha Grande
Portugueses e estrangeiros, homens e mulheres, jovens e idosos fazem parte de um grupo crescente de pessoas em situação de sem-abrigo na cidade
José, de 69 anos, tem dormido em carros abandonados. Recentemente, ocupa um sofá na casa de um amigo. Trabalhava na Bélgica, em 2020, quando a pandemia travou o sector da construção, e viu-se foi forçado a regressar à Marinha Grande. Desde então, não conseguiu encontrar mais nenhum emprego e, com uma reforma de 340 euros, não tem condições para pagar renda.
No final deste mês, também o senhor Ferreira estará na rua. Aos 55 anos, a sobreviver com um magro subsídio de desemprego, o antigo operário conta que o senhorio já lhe disse que vai precisar da casa. “Não tenho alternativa”, lamenta ao nosso jornal.
No concelho da Marinha Grande, o número de pessoas em situação de sem-abrigo não pára de aumentar. À cidade continuam a chegar homens e mulheres que procuram emprego, mas nem todos têm as habilitações necessárias. Sem trabalho, perante o preço e a escassez de oferta habitacional, muitos não têm como sair da rua, contextualizam Ana Patrícia Nobre e Carlo Melo, presidente e vice-presidente da Associação Novo Olhar II. Fábricas e casas abandonadas e até o parque de campismo têm servido de refúgio para muitos destes cidadãos.
Ana Patrícia Nobre explica que a associação
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