Sociedade

Número de incêndios na região caiu para metade este ano

10 out 2021 16:05

Área ardida foi a mais baixa da última década

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Registaram-se 179 incêndios rurais, cerca de metade do número ocorrido no ano passado
Ricardo Graça/Arquivo

O ano de 2021 regista o menor número de incêndios desde 2011 e tem uma das mais baixas áreas ardidas da última década, de acordo com os dados até 30 de Setembro, último dia do período de maior empenhamento do DECIR - Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (Nível IV).

Segundo dados disponibilizados pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, até ao dia 3 de Outubro arderam 45 hectares contra os 1.681 hectares de 2020, o que representa 2,7% do total consumido pelas chamas no ano passado.

A mesma fonte adianta que se registaram 179 incêndios rurais, cerca de metade do número ocorrido no ano passado, quando foram contabilizados 328 fogos.

O CDOS confirma ainda que houve uma redução no número de incêndios na última década, cuja média é de 564 incêndios rurais. Os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas indicam que nos últimos dez anos nunca houve tão poucos incêndios nem tão pouca área ardida.

Em 2014, o ano que mais se aproxima destes dados, registaram-se 211 incêndios e 84 hectares consumidos pelas chamas. Carlos Guerra, comandante da Protecção Civil distrital, explica que “há um conjunto de factores” que influenciaram no balanço provisório deste ano.

“As condições meteorológicas foram favoráveis, embora se tenham verificado dias com alguma severidade. Mas quero acreditar também que há um comportamento humano que melhorou. Sabemos que mais de 90% dos incêndios tem intervenção humana”, sublinha.

O comandante admite ainda que poder-se-á começar a assistir ao “resultado das campanhas de sensibilização e à fiscalização da GNR e PSP”.

“Começamos a ter algum impacto de todas as acções e espero que seja o primeiro factor a justificar esta diminuição”, frisa, acrescentando que os 44 hectares ardidos em 179 incêndios são também resultado de uma “primeira intervenção musculada”.

Segundo Carlos Guerra, “com menos ocorrências, houve possibilidade de colocar de imediato todos os meios na primeira intervenção e debelar os fogos na fase inicialmente”.