Sociedade
Medusas podem ser chave para tratamentos médicos
MARE-IPLeiria estuda organismos gelatinosos nas Berlengas
Os cientistas estão preocupados com a proliferação das medusas, dado o seu impacto nocivo sobre as pescas e sobre o turismo. Mas também existem potencialidades a descobrir nestes organismos, tais como os seus compostos activos, que poderão ser solução para alguns tratamentos médicos.
Estas são algumas das ideias avançadas por Sérgio Leandro, coordenador do projecto Jellyfisheries, desenvolvido pelo Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria (MARE-IPLeiria), uma pesquisa que está a monitorizar populações de medusas na área marinha da Reserva da Biosfera das Berlengas, também no estuário do Rio Guadiana e numa zona costeira ao largo de Cascais.
Sérgio Leandro expõe o problema: “as mudanças climáticas e a sobrepesca induzem a instabilidade dos ecossistemas marinhos, favorecendo o aparecimento de espécies com rápido crescimento e de baixo valor económico, tais como os organismos gelatinosos - jellyfish(ex. cnidários e ctenóforos). As frequentes proliferações dos organismos gelatinosos são reconhecidas como indicadores de alteração do ecossistema marinho. O aumento das explosões de medusas, concomitante com alterações antropogénicas globais, são atualmente motivo de preocupação devido ao seu impacto nocivo sobre os stocks pesqueiros e sobre o turismo”.
Quanto ao Jellyfisheries, pretende descrever “os mecanismos através dos quais as alterações antropogénicas globais interagem com as populações de organismos gelatinosos em ecossistemas costeiros portuguese
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