Viver

Lameiro na mira dos teatros de Leiria

26 out 2018 00:00

Os grupos de teatro de Leiria não se revêem nas afirmações do coordenador da Rede Cultura 2027, candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura, na entrevista dada aos semanários JORNAL DE LEIRIA e Região de Leiria.

lameiro-na-mira-dos-teatros-de-leiria-9421

Na semana passada, Paulo Lameiro afirmou que já havia reunido com os grupos de teatro e que estão todos interessados e envolvidos na candidatura, mas os colectivos "deram-se conta que não sabem o que existe e acontece ao seu lado" e que "nunca pensaram no assunto" quando lhes dizem "vamos trabalhar em equipa e com parceiros" nacionais e internacionais.

"Quando diz que não sabemos o que se passa à nossa volta, em relação a nós, pura e simplesmente, está a mentir", afirma Pedro Oliveira, director d’O Nariz, recordando o trabalho realizado ao longo dos anos, na revitalização de grupos de teatro, formação de actores com companhias internacionais e da região.

Sublinha que a voz de Lameiro, devido ao seu papel na candidatura tem muito peso e que aquele deveria ter mais "cuidado" ao escolher as palavras.

“Quero acreditar que houve um mal entendido. Quero acreditar que não me expliquei bem” diz João Lázaro. O director do Te-ato também recusa a afirmação de que o seu colectivo não tem parceiros e que desconhece o que existe ao seu redor.

Frédéric da Cruz, director do Leirena Teatro alinha pela mesma ideia e sublinha as parcerias com municípios e instituições de toda a região.

“O Leirena propôs a Leiria um projecto para unir estruturas teatrais sediadas nas cidades geminadas e estamos a desenvolver acções de promoção internacional.”

Lameiro diz que, ao falar com os agentes culturais - “todos eles e onde me incluo” -, observou uma falta de informação generalizada sobre o que está a acontecer.

“Compreendo, ao ler a entrevista, que os agentes do teatro possam ter sentido que me referia à sua área em concreto, mas não o foi.” Sobre o modelo dos encontros com os agentes culturais, o coordenador diz que servem para dar a conhecer, a todos os agentes, “o que está a acontecer, quem são as pessoas e a estrutura, quais os calendários e dossiers de toda a candidatura, e de que forma se prevê o envolvimento de todos”.

“É um momento mais expositivo da nossa parte.” Após a recolha de ideias, Lameiro diz que estas serão enviadas aos grupos “para que estes possam corrigir, anotar, ou fazer propostas e comentários que não foram possíveis no encontro”.