Sociedade
Fogos em Leiria: Presidente da Câmara fala em mão criminosa
"Tem de existir uma estratégia de investigação mais contundente para conseguir apanhar os criminosos que estão por detrás destes incêndios", apela Gonçalo Lopes.
Já com os fogos que esta tarde deflagraram no Arrabal e na Caranguejeira em consolidação, o presidente câmara de Leiria pediu uma "investigação mais contundente para conseguir apanhar os criminosos que estão por detrás" dos incêndios que têm deflagrado no concelho.
Em declarações proferidas ao início da noite, Gonçalo Lopes manifestou-se convicto que os fogos que têm assolado o concelho terão origem criminosa.
O autarca referiu o caso da Caranguejeira, considerando "estranho" que, "ano após ano", tem sido "sistematicamente alvo de ignições estratégicas e premeditadas".
No ano passado, o grande incêndio que assolou o concelho, destruindo mais de quatro mil hectares de floresta começou, precisamente, naquela freguesia. "É preciso montar e planear uma estratégia de investigação que permita apanhar essas pessoas [supostos incendiários]", defende o presidente da câmara.
Em relação aos incêndios que deflagraram esta tarde, quase em simultâneo e que chegaram a mobilizar cerca de 350 operacionais, Gonçalo Lopes confessa que receou que os dois fogos avançassem "um em direcção ao outro", juntando-se num só. A acontecer, poderia ser "uma situação catastrófica".
O autarca explica que estratégia passou por tentar "estancar" as frentes activas junto dos aglomerados urbanos com um esforço que deu resultados, não havendo registos de habitações atingidas, apesar de o fogo ter rondado várias casas.
"As faixas de gestão de combustível ajudaram a que o fogo não chegasse às casas", diz o presidente da Câmara, que lamenta que ainda haja a trabalho a fazer, como constatou hoje, com a limpeza de perímetros de alguns espaços comerciais a ser feita no momento, com as chamas a aproximarem-se.