Sociedade
Estudantes da ESSLei contribuem para melhores aprendizagens de crianças com dificuldades
Politécnico de Leiria personaliza tecnologias para crianças com necessidades especiais
A Escola Superior de Saúde (ESSLei) do Politécnico de Leiria está a personalizar tecnologias de apoio para crianças com necessidades educativas especiais, que irão contribuir melhor para o processo ensino-aprendizagem.
O projecto Tecnologias para a Educação Inclusiva – TEI@IPLeiria permite personalizar as tecnologias de apoio a crianças com limitações neuromotoras e perturbações do espectro do autismo, no processo ensino-aprendizagem, refere uma nota de imprensa.
Até ao momento foram apoiadas duas crianças, cujas tecnologias foram desenvolvidas de acordo com as suas necessidades e potencialidades específicas, estando no momento o projecto a preparar o acompanhamento de uma terceira criança com problemas neuromotores e a implementar a tecnologia de apoio adequada às suas necessidades, acrescenta a mesma nota.
“O projecto evidencia a importância das tecnologias de apoio para os alunos com necessidades educativas especiais no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que facilitam o envolvimento activo, o acesso, o desempenho e a participação nas atividades escolares, assim como na aquisição de competências, contribuindo para a inclusão escolar, cultural e social", refere o docente da licenciatura de Terapia Ocupacional da ESSLei, Jaime Ribeiro, citado no comunicado.
Para o professor, as tecnologias de apoio possibilitam às crianças “a participação nas actividades, coadjuvando na diminuição ou supressão dos obstáculos que surgem neste processo, fornecendo alternativas e estratégias que potenciam a sua inclusão”, assumindo assim “um papel fulcral na adaptação do indivíduo ao meio”.
O projecto, que está a ser desenvolvido em Vagos no distrito de Aveiro, em conjunto com a Fundação Altice, que cedeu o equipamento, envolve estudantes da licenciatura em Terapia Ocupacional da ESSLei e resulta de um protocolo entre o Politécnico de Leiria e a Fundação Altice, para o desenvolvimento de investigação em prol da promoção da inclusão escolar por meio das tecnologias.
Está a ser desenvolvido no Agrupamento de Escolas de Vagos e conta com o apoio da Câmara Municipal de Vagos, que agilizou a alocação de quatro estudantes do 4.º ano da licenciatura em Terapia Ocupacional da ESSLei, assim como o docente das unidades curriculares Educação Clínica V e Produtos de Apoio I e II.
As tecnologias de apoio utilizadas em crianças com problemas neuromotores incluem um computador portátil Surface Pro, um periférico de acesso PC Eye Mini e um braço articulado para posicionamento das tecnologias, assim como o software de comunicação aumentativa GRID 3.
Os estudantes da ESSLei conceberam ainda actividades e avaliações adaptadas dos conteúdos programáticos. Para uma criança com perturbação do espectro de autismo não verbal está a ser usado um tablet Android, apetrechado com o software de comunicação aumentativa PT Magic Contact, e elaborados materiais de comunicação adaptados.