Abertura
Estarão as redes sociais digitais a corroer o mundo real?
PJ alerta para a radicalização de jovens via redes sociais, com mais de mil denúncias em 2024. Os algoritmos das redes sociais digitais impulsionam o extremismo, erodindo o senso crítico. O psicólogo João Lázaro fala de riscos para a saúde da sociedade e dos cidadãos, face à desinformação e uso massivo destas plataformas

Na sequência da detenção de vários elementos da extrema-direita, suspeitos do crime de terrorismo, entre eles um chefe da PSP, no último mês, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou que está a canalizar mais meios para acompanhar o fenómeno da radicalização de jovens através dos meios digitais, que “procuram identidade e um sentido de pertença”.
Na segunda-feira, dia 30, data em que se celebrou o Dia Mundial das Redes Sociais, Carla Costa, inspectora- chefe da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica, em declarações aos meios de comunicação, reconheceu um grande potencial das redes sociais digitais como fomentadoras da aproximação às “ideologias extremistas”, ao ódio e falta de valores e de ética.
No ano passado, a PJ recebeu mais de mil denúncias relacionadas com estas plataformas.
A principal causa apontada para este fenómeno não é defeito, mas feitio, uma vez que os algoritmos que as gerem privilegiam, acima de tudo, a espectacularidade, o impacto e as interacções, sejam elas, na maioria, de conflito aberto ou de anuência.
Embora a causalidade não seja correlação, o mundo digital pode estar a contribuir para amplificar fenómenos, para os quais não há uma causa única.
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