Detidos da operação Punho Cerrado estão a ser ouvidos no Tribunal de Leiria

Os dez detidos na operação "Punho Cerrado" levada a efeito na terça-feira nos distritos de Leiria, Lisboa, Coimbra e Santarém, estão a ser ouvidos hoje pelo juiz de instrução do Tribunal de Leiria, depois de ontem terem sido identificados.

Os dez detidos na sequência do cumprimento de mandados de detenção fora de flagrante delito chegaram esta manhã ao Tribunal de Leiria, sob medidas especiais de segurança, depois de passarem a noite em diferentes esquadras do Comando da PSP de Leiria, à semelhança do que tinha sucedido ontem, quarta-feira.

Desconhece-se se as medidas de coacção serão divulgadas ainda hoje ou se apenas amanhã, sexta-feira.

Durante as diligências efectuadas na operação, na terça-feira, foram detidas outras sete pessoas, seis por posse de munições e armas brancas e de fogo ilegais e uma por posse de produto estupefaciente. Estes detidos foram libertados depois de prestarem termo de identidade e residência.

Em nota de imprensa, o Comando Distrital da PSP de Leiria adiantou que, na sequência do cumprimento de dez mandados de detenção fora de flagrante delito, da realização de cerca de 50 buscas domiciliárias e de cerca 20 buscas não domiciliárias a empresas e estabelecimentos de restauração e diversão nocturna, foram detidas 17 pessoas.

"As detenções foram efectuadas maioritariamente na zona Leiria e Coimbra, sendo dois detidos do sexo feminino e 15 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos", refere ainda a nota de imprensa.

A operação levou também à apreensão de vários objetos, nomeadamente, armas de fogo e munições, soqueiras, bastões extensíveis, produto estupefaciente (haxixe), mais de 28 mil euros em numerário, automóveis, computadores, tablets, uma arma eléctrica (taser), e diversa documentação "com importantes elementos de prova".

Na operação policial, que contou com o apoio dos Comandos da PSP de Coimbra, Santarém, Lisboa, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Setúbal, estiveram empenhados cerca de 260 elementos policiais, a maioria da estrutura de investigação criminal da PSP, equipas do Grupo de Operações Especiais, equipas do Corpo de Intervenção, binómios do Grupo Operacional Cinotécnico, elementos do Departamento de Segurança Privada e elementos da Secção Digital Forense.

"A PSP acredita que, com estes resultados, contribuiu fortemente para o aumento da segurança das áreas de diversão nocturna na região de Leiria", conclui o comunicado.

A operação iniciou-se terça-feira pelas 07:00, dando sequência a uma investigação que decorria há cerca de dois anos, e centrou-se no crime de associação criminosa, em crimes económico-financeiros e no exercício ilegal da atividade de segurança privada, entre outros.