Economia
Desafios da digitalização vencem-se com mudança de atitude e qualificação
Tertúlia Capital humano, o maior activo das empresas, promovida pelo JORNAL DE LEIRIA, que contou com cerca de 200 pessoas, debateu este e outros temas
A “batalha” decorrente dos desafios associados à digitalização, à internet das coisas e à chamada indústria 4.0 só poderá ser ganha se os recursos humanos possuírem “melhores competências”.
Para isso, é preciso qualificar os activos e requalificar os desempregados, defendeu António Saraiva anteontem na tertúlia promovida pelo JORNAL DE LEIRIA para discutir o tema Capital humano, o maior activo das empresas.
No evento, realizado no edifício Nerlei, em Leiria, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) lembrou na sua intervenção inicial que são os recursos humanos qualificados que diferenciam umas empresas das outras, porque máquinas e equipamentos todas podem comprar.
Devido a “políticas erradas de formação”, porque boa parte dos dinheiros dos fundos europeus são absorvidos pelo sector público, e porque os governos têm feito “uma enorme confusão” entre educação e formação, há hoje escassez de recursos humanos qualificados.
Paulo Ribeiro, partner da PwC, considerou que a digitalização fará com que no futuro deixe de haver trabalho nas áreas mais rotineiras.
Metade dos processos actualmente existentes em sectores como alojamento e restauração, manufactura, transportes e armazenagem, agricultura, comércio, indústria mineira e construção têm potencial de automação. “Imaginem o impacto que isto vai ter no emprego”, alertou. “As pessoas que hoje fazem essas tarefas em breve vão deixar de ter trabalho”.
Também este orador considerou que a “reciclagem” da mão-de-obra é fundamental, porque temos um conjunto de trabalhadores com competências que “provavelmente não vão ser necessárias no futuro”, pelo que se impõe a sua reconversão para a era digital.
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