Sociedade
De Peniche a Alvaiázere, as tipografias clandestinas do PCP no distrito
Em Leiria funcionaram duas, uma em Marrazes e outra no Coimbrão.
À primeira vista, era uma casa semelhante a tantas outras, onde viviam famílias aparentemente 'normais'. Mas no seu interior funcionava o “coração da luta popular”, ou seja, as tipografias clandestinas do PCP, assim definidas por José Moreira, militante comunista natural da Marinha Grande que, durante anos, foi responsável pelo sistema de impressão do partido. No distrito, existiram várias, nomeadamente, em Leiria (Marrazes e Coimbrão), Alvaiázere (Barqueiro), Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré e Peniche.
Era nessas casas que os tipógrafos, militantes ou funcionários do partido, realizavam o “duro trabalho” de receber os textos manuscritos ou dactilografados e de “imprimi-los no mais curto prazo possível, por vezes durante dias e noites consecutivos”, como escreveu o Avante! num artigo publicado em 2006, a propósito dos seus 75 anos.
Além do Avante!, do prelo dessas tipografias saía também o jornal O Militante, panfletos e outro tipo de documentação de apoio à acção política do partido, ao mesmo tempo que os seus operacionais jogavam um verdadeiro jogo do gato e do rato com as autoridades policiais, que, não raras vezes, obrigava à transferência de todo o equipamento para outro local.
Foi, precisamente, isso que aconteceu com a tipografia que funcionou nos Marrazes, numa casa em frente à re
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