Sociedade
Das cinzas do Ovelha Negra, nasce em Leiria o Espaço Grito
Novo projecto dá palco a bandas de originais.
As coordenadas são debitadas pelos próprios promotores, no Facebook, mas à moda antiga: IC2, sentido Leiria Pombal, semáforos da Boa Vista à esquerda e logo de seguida primeiro corte à direita. É ali que vai funcionar, todas as sextas-feiras, o Espaço Grito.
A abertura aconteceu na última semana, 5 de Abril, com concertos de Horse Head Cutters (que editaram em Setembro o álbum Glam Hooves) e Model Mother Tongue (que existem nesta versão desde o início do ano passado).
Nos primeiros dois meses, Abril e Maio, o objectivo passa por colocar 16 colectivos diferentes em palco, num projecto “só dedicado a bandas de originais”, explica Jardel Carlos, o rosto do antigo bar Ovelha Negra, na Marinha Grande, durante anos destino obrigatório para a música ao vivo. É ele que lidera esta nova aventura nos bastidores e também está convocado para brilhar debaixo dos holofotes: os Hermosa Beach, de que é vocalista, actuam a 19 de Abril, na mesma noite dos Artigo 21, de Lisboa.
Além do punk, o Espaço Grito (situado na Rua da Granja, número 2, junto à zona industrial Zicofa) vai acolher outros géneros, do metal ao rock, do grunge ao funk.
A ideia é revelar novos valores, dar visibilidade ao que se faz na região e ao mesmo tempo trazer nomes de fora a Leiria. Ou seja, de certa maneira, replicar o efeito do Ovelha Negra na Marinha Grande, por onde passaram Miss Lava (de Lisboa) e Contradiction (Alemanha), entre tantos outros.
“Acredito que há muita gente sedenta de concertos”, afirma Jardel Carlos. E “muita banda” a querer mostrar o que vale.
Só têm de levar os instrumentos, porque o bar tem PA. A receita de bilheteira reverte a favor dos músicos.