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Crédito pessoal: como funciona e quando é que faz sentido pedi-lo?

14 jul 2025 15:20

Quais as condições habituais e em que situações vale a pena recorrer a ele?

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Adeolu/Unsplash

crédito pessoal  é uma solução financeira cada vez mais procurada por quem precisa de um apoio extra para concretizar projetos, resolver imprevistos ou equilibrar finanças.

Apesar de se tratar de um produto bancário bastante versátil, deve ser usado com alguma parcimónia e um planeamento seguro.

Neste artigo, pretendemos explicar com o máximo detalhe possível como funciona, quais as condições habituais e em que situações vale a pena recorrer a um crédito pessoal, a par das vantagens e dos cuidados a ter antes de concluir a sua contratação.

1. O que é um crédito pessoal?

Um crédito pessoal é um tipo de financiamento normalmente concedido por bancos ou instituições de crédito a particulares, sem necessidade de indicar uma finalidade específica.

Isto significa que o valor obtido pode ser utilizado para diferentes objetivos, como remodelar a casa, pagar despesas médicas, realizar uma viagem ou até consolidar dívidas.

Este produto distingue-se, por exemplo, do crédito à habitação ou do crédito automóvel, que têm sempre um fim específico e garantias associadas (como o próprio imóvel ou a viatura). No crédito pessoal, não existe obrigatoriedade de justificar detalhadamente a aplicação do montante, tornando-o mais flexível.

2. Principais condições e prazos de pagamento

As condições de um crédito pessoal podem variar consoante a instituição financeira, o montante solicitado e o perfil do cliente.

Em geral, o montante disponível pode ir de valores relativamente baixos, como 1000 €, a montantes mais elevados, que podem ultrapassar os 75.000 €, dependendo da análise de risco elaborada pelo banco.

Os prazos de reembolso costumam situar-se entre os 12 e os 120 meses (10 anos). Quanto mais longo for o prazo escolhido, mais baixa será a prestação mensal, mas também maior será o custo total do crédito devido em juros, expresso através do montante total imputado ao consumidor (MTIC).

Os juros aplicados são normalmente fixos, o que permite ao cliente saber exatamente qual será o valor da prestação ao longo de todo o contrato.

Além da taxa anual nominal (TAN), é importante considerar a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG), que inclui todos os custos associados, como comissões de abertura, seguros obrigatórios ou outros encargos administrativos.

3. Em que situações vale a pena pedir um crédito pessoal?

Pedir um crédito pessoal pode fazer sentido em várias circunstâncias, desde que exista uma planificação responsável. Seguem alguns exemplos:

  • Obras em casa: pequenas remodelações ou melhorias que valorizem o imóvel;

  • Despesas de saúde ou educação: quando surgem custos inesperados ou investimentos importantes;

  • Compra de equipamentos ou mobiliário: que não sejam cobertos por outras linhas de crédito específicas;

  • Consolidação de dívidas: juntar vários créditos num só para reduzir a prestação mensal e simplificar a gestão financeira;

  • Projetos pessoais ou familiares: como uma viagem de sonho ou um casamento.

No entanto, recorrer a um crédito pessoal apenas para consumo impulsivo ou compras desnecessárias pode comprometer o orçamento familiar a longo prazo.

4. Vantagens e aspetos a ter em conta antes de contratar

Entre as principais vantagens do crédito pessoal, destaca-se a rapidez do processo de aprovação e a flexibilidade na utilização do dinheiro.

Além disso, as taxas de juro podem ser competitivas, especialmente para clientes com um bom histórico bancário.

Ainda assim, existem fatores importantes a ter em conta antes de assinar um contrato:

  • Custo total: analisar sempre a TAEG e o MTIC;

  • Capacidade de pagamento: garantir que a prestação mensal não compromete mais de 30% a 40% do rendimento disponível;

  • Comparação de ofertas: solicitar simulações em várias instituições para encontrar a melhor solução;

  • Seguros e comissões: verificar se existem seguros obrigatórios ou comissões de reembolso antecipado.

Refletir sobre estas questões é fundamental para evitar situações de sobre-endividamento.

5. Como pedir um crédito pessoal com segurança

Para pedir um crédito pessoal de forma segura, é essencial seguir alguns passos:

  1. Avaliar necessidades reais: questionar-se se o crédito é mesmo necessário ou se existe outra alternativa;

  2. Escolher entidades credíveis: optar por bancos ou financeiras registadas no e supervisionadas pelo Banco de Portugal;

  3. Ler atentamente o contrato: compreender todas as cláusulas, taxas aplicáveis e consequências em caso de incumprimento;

  4. Guardar cópias da documentação: manter os comprovativos e registos do contrato para eventuais necessidades futuras;

  5. Evitar pressas: não ceder a propostas agressivas ou decisões tomadas sem reflexão.

A  literacia financeira  desempenha um papel crucial para garantir que o crédito pessoal seja uma ferramenta útil e não um problema futuro.

Palavra final

O crédito pessoal é uma solução financeira flexível que pode ajudar a concretizar projetos ou a resolver imprevistos, desde que (e quando) utilizado de forma responsável.

Antes de contratar, é essencial comparar ofertas, analisar custos como a TAEG e garantir que a prestação mensal cabe no orçamento familiar.

Através de uma escolha informada e consciente, o crédito pessoal pode tornar-se um apoio útil sem comprometer o seu bem-estar financeiro a longo prazo.