Abertura
Como ensinar a guerra às crianças e aos jovens?
Desdramatizar sem esconder é o conselho da psicóloga Daniela Anéis
Há um homem mau que quer ficar com o país do homem bom, que o tenta afastar e estão numa luta. Esta pode ser uma forma de explicar a invasão da Ucrânia pelas tropas russas às crianças mais pequenas.
Daniela Anéis, psicóloga, adianta que é possível “usar as metáforas dos contos infantis”, recorrendo à “questão dos heróis e dos vilões, que é um conceito que as crianças facilmente apreendem” para tentar explicar as imagens que passam a toda a hora nas televisões.
Outra sugestão de Daniela Anéis é transpor o conflito do leste da Europa para “algo que conhecem”, como situações do quotidiano das crianças, para que compreendam.
“Sabes aqueles meninos maus que no recreio não te querem deixar brincar no baloiço e vai lá um maior e impõe a ordem? Ou chamamos a auxiliar para separá-los? É mais ou menos assim. Estão dois meninos à bulha e tem de vir alguém fazer de mediador”, sugere ainda a psicóloga. A especialista adianta ainda que se deve evitar o consumo de muita televisão. “Não é esconder a realidade das crianças, mas não é preciso estar com a televisão ligada 24 horas por dia”.
A explicação da guerra aos jovens terá de ser bem diferente, sobretudo, sem mentiras.
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