Sociedade

Coletes amarelos mantêm-se na rotunda da Grelha

21 dez 2018 00:00

Ambiente entre manifestantes e forças de segurança é pacífico.

Embora se continuem a verificar alguns momentos de tensão provocados por agentes da PSP e manifestantes com os ânimos mais à flor da pele, o ambiente que se vive no protesto dos coletes amarelos, marcado para hoje através das redes sociais, é pacífico. 

Polícia e protestantes trocam comentários e piadas, sem animosidade.

Há poucos minutos, os coletes amarelos ensaiaram uma tentativa de fechar todas as passadeiras à volta da rotunda com um cordão humano, mas por serem apenas cerca de 60, não tinham elementos suficientes para alcançar o propósito.

Ainda assim, mesmo com o objectivo só parcialmente atingido, houve alguns atrasos e complicações no trânsito. 

No IC2, o tráfego não está afectado pela manifestação dos coletes amarelos.

O aparato policial é bem visível à volta dos pontos de concentração dos manifestantes.

De bandeira de Portugal na mão, Paulo Pedrosa, camionista de longo curso, natural do Juncal, Porto de Mós, participa, pela primeira vez, numa manifestação. "Estou farto de trabalhar" para outros "encherem o bandulho", afirma, acrescentando que  "o povo está farto de reformas milionárias".

Já Tiago Luís, de Caldas da Rainha, quando a troika chegou a Portugal, teve de abandonar tudo e emigrar para a Suíça. Culpa os banqueiros pela crise e pelo impacto que a má gestão dos bancos teve na vida dos portugueses. De altifalante na mão, entoando temas de Zeca Afonso, Deolinda e o Manifesto de 1974, dispara: "gostava que todos os gajos que ficaram com o dinheiro dos bancos fossem para a choldra!"

Os coletes amarelos concentraram-se pelas 7 horas em frente ao estádio de Leiria, para participar neste protesto convocado através das redes sociais e inspirado nas manifestações francesas dos últimos meses. 

Contestam a taxa do IVA nos produtos petrolíferos, exigem um aumento do salário mínimo, do subsídio de desemprego e das pensões mínimas, além de um corte nas "mordomias dos políticos" e no número de deputados.no Parlamento, entre outras reivindicações".

CG com JSD