Sociedade

Célia Afra: "Uso dizer que depois do andebol a minha segunda paixão é a Terra"

18 dez 2016 00:00

Geografia, ensino, andebol, viagens e política na Impressão Digital desta semana.

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Quando os treinadores da Juventude do Lis não conseguem resultados, puxa-lhes as orelhas em casa?
Em casa nunca puxei, nem puxo, as orelhas a ninguém. Nunca foi meu hábito.

E quando exigem melhores condições para o andebol do clube, manda-os trabalhar?
Nunca precisei de mandar trabalhar os treinadores. Aliás, tempos houve em que disse algumas vezes para reduzirem a carga de trabalho. Os técnicos que têm passado pela Juve são sempre muito exigentes, trabalhadores, competentes e é em conjunto que procuramos as melhores condições de trabalho.

Em que circunstâncias eles deixam de a tratar por mãe para começarem a tratá-la por presidente? 
Se se refere aos meus filhos creia que distinguimos muito bem os momentos. No clube eles vêem-me sempre como presidente, tratando-me muitas vezes enquanto tal ou pelo meu nome próprio.

Passados 30 anos, a relação da Juve com a União de Leiria é um divórcio litigioso ou são divorciados que se tornaram amigos?
Com a União de Leiria nunca houve qualquer litígio, não houve qualquer divórcio nem sequer solicitámos aconselhamento jurídico. Foram apenas opções e caminhos diferentes. Reconheço ainda hoje que a União de Leiria foi determinante na implementação da modalidade em Leiria, a par do ACS. Só existe Juve porque houve andebol na UDL e pessoalmente gostaria imenso que a UDL voltasse a proporcionar aos leirienses a prática da modalidade. Nunca seremos demais.

Neste período, enquanto vocês construíram o vosso próprio pavilhão, o gimnodesportivo da cidade desapareceu. Já alguém lhe perguntou como se faz?
Faz-se com terreno, projectos e euros. Difícil foi arranjar euros, conseguidos com o esforço de muitos dirigentes e colaboração de pais e empresas locais. Oficialmente apenas contámos com algum apoio da Câmara Municipal.

Sente mais orgulho no nascimento da Juve ou nos tempos de vice-presidente da Federação de Andebol de Portugal?
São vivências e experiências muito diferentes e ambas marcantes na minha vida. O nascimento da Juve foi emotivo, delirante e apaixonante, com muita gente jovem a pressionar e naquela fase da vida, onde um pouco de dose de loucura, nos ajuda a decidir. E hoje é, de facto, um orgulho ter contribuído para o aparecimento de mais um clube de andebol, em Leiria, com a expressão que a Juve já tem. É um dos clubes nacionais com maior número de atletas, com igualdade de oportunidades para homens e mulheres e dos poucos com instalações próprias. Orgulho! Nos 18 anos de Federação, aprendi muito. Ficaram grandes recordações e grandes amigos. 

Quando precisa mesmo de travar a fundo e parar, faz o quê?
Solto o grito do Ipiranga! 

Bordados para libertar a criatividade ou como jogo de paciência?
Gosto de bordar e muitas vezes faço-o não só para libertar a criatividade como também porque é relaxante.

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