Sociedade
Calvaria de Cima: Assaltam a Casa do Povo e levam a refeição de 60 idosos
Instituição de Porto de Mós ficou sem 275 quilos de batatas, 20 quilos de cebolas e alhos.
A Casa do Povo de Calvaria de Cima, em Porto de Mós, foi assaltada no último fim-de-semana, tendo sido levados cerca de 275 quilos de batatas, cebolas e alhos, que serviriam para confeccionar refeições para 60 idosos da freguesia.
Carlos Rebelo, presidente da Direcção da Casa do Povo, conta que as funcionárias se aperceberam do furto na segunda-feira, quando iam iniciar a preparação das refeições. “Levaram-nos 11 sacos de batatas, de 25 quilos cada um, 20 quilos de cebolas e uma caixa de alhos. Tivemos de fazer uma nova encomenda”, refere o dirigente.
O presidente da Casa do Povo não esconde a revolta e a indignação por este acto. “É preciso muita falta de vergonha para fazer uma coisa destas, sabendo que este tipo de instituições vive com grandes dificuldades”, afirma Carlos Rebelo.
O dirigente diz-se ainda convicto de que o assalto “não foi para matar a fome a ninguém”, mas para fazer negócio. “Se viessem por necessidade, levavam um saco de batatas, não 11. Roubaram para vender. É lamentável”, desabafa.
Após o assalto, a população da Calvaria organizou "um movimento de solidariedade fantástica", tendo sido doados bens em quantidade
"equivalente ao que foi roubado", que correspondia aos frescos para uma semana para as refeições dos idosos que estão a ser apoiados.
A Casa do Povo da Calvaria de Cima iniciou a sua actividade em 2006, com as valências de apoio domiciliário e centro de dia. No ano seguinte, passou também a ter actividades de tempos livres e a prestar serviços de apoio à família “na modalidade de horário e funcionamento de refeições, com protocolo com o Município”.
Com as valências da infância suspensas, a instituição mantém apoio domiciliário e confecciona refeições aos utentes do centro de dia, que também está sem actividade, servindo 60 idosos no total.