Opinião

Um país em greve

13 dez 2018 00:00

Na saúde, as paralisações envolverão trabalhadores dos hospitais EPE, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica.

Ao fim de três anos de Governo é cada vez mais aplicável a máxima de que “podes enganar todos durante algum tempo e alguns sempre, mas não podes enganar todos sempre”.

Apesar da propaganda inicial, é claro aos olhos de todos que afinal o Governo falhou aos seus compromissos e noutros casos oscilou entre a incompetência e a displicência.

Depois de um mês de novembro com muitas greves, dezembro não será diferente. Há 47 pré-avisos de greves, até ao final do ano, em 11 áreas da administração pública, desde a justiça aos hospitais, passando pela inspeção das pescas.

O setor da saúde será o mais afetado. Feitas as contas, tendo em conta todos os préavisos, compilados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, até fim de dezembro não haverá um único dia sem paralisações.

Ou seja, se compararmos com o ano passado, este número de pré-avisos mais do que triplica. Na saúde, as paralisações envolverão trabalhadores dos hospitais EPE, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica. Juntam-se os educadores de infância e ensino básico e secundário, os guardas prisionais, funcionários judiciais, bombeiros, além das greves setoriais dos registos e notariado.

Nas férias de Natal e Ano Novo também farão greve os sindicatos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras, e duas

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