Opinião

Reclame, pelo amor da santa!

11 out 2018 00:00

Reclamar não exige um doutoramento, mas tem que se lhe diga.

Em Portugal as pessoas reclamam mal. E pouco. Reclamam à boca pequena, em surdina, na mesa do café. Em casa. Se calhar alivia, como dizer um palavrão quando martelamos um dedo, mas não muda nada. Reclamar não exige um doutoramento, mas tem que se lhe diga. É preciso ser dirigido a quem pode decidir e não ao desgraçado que está ao balcão e que nada pode fazer.

É preciso ser por escrito: a maioria das organizações – públicas ou privadas – tem de dar resposta ou destino a tudo quanto lhes chega; e não responder já é matéria para poder pressionar com outra legitimidade e dar conta à comunicação social disso mesmo, da ausência de resposta. Esta coisa muito portuguesa de querer estar bem com todos e com o Diabo é… o Diabo.

- Ah e tal é chato reclamar. -Pois é.

- Ah e tal trabalha lá uma pessoa que eu conheço.

- E depois?

- Ah e tal não sei como se faz, há uma minuta?

- Não. Temos pena mas não há minutas para

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