Opinião

O melhor de sempre

15 nov 2025 16:26

Se andam à procura de um disco que obrigue o mundo à vossa volta a parar, não procurem mais

E, de repente, cá estamos nós outra vez. Pouco mais de um mês para o Natal e menos ainda para os seus mil convívios. Para além de um estômago minimamente saudável e disponível, é importante que nos armemos de um bom leque de temas de conversa anti--azia, o que, convenhamos, é cada vez mais complicado nos dias que correm.

Quando digo “um bom leque de temas de conversa”, quero dizer, obviamente, “que séries andas a ver” e “que discos andas a ouvir”, para depois, com argumentos tão grandiloquentes como “porque é incrível” ou “porque é absolutamente espectacular”, tentar convencer toda a gente que o que eu ando a ver e a ouvir é que é bom (ou até o melhor de sempre).

Deixo-vos, pois, uma pequena lista de sugestões incríveis.

O novo álbum de Sessa

Se andam à procura de um disco que obrigue o mundo à vossa volta a parar (nem que seja durante 33 minutos), não procurem mais. O novo álbum do brasileiro Sessa é a resposta.

Samba, soul, jazz. Tudo entrelaçado com perfeição e de uma forma tão familiar como fresca. Com Biel Basile dos Terno na percussão, Sessa atinge um raro nível de sofisticação musical e profundidade emotiva.

A nova série “Pluribus”

Será “Pluribus” a melhor série do ano? Tenho poucas dúvidas e à hora que escrevo isto ainda só vi dois episódios. Será a melhor série do criador de “Breaking Bad” e “Better Call Saul”? Fazer melhor que “Saul” é, provavelmente, demasiado complicado, mas não descarto.

Rhea Seehorn encarna uma romancista imune a uma estranha e misteriosa transformação global, que Gilligan usa como ponto de partida para questões muito mais profundas: o que nos torna humanos? O que nos mantém ligados uns aos outros quando tudo muda?

“Pluribus” pode não ter as respostas definitivas para tamanhas questões existenciais, mas, para já, parece ter as melhores.

O melhor podcast

Não é a primeira vez que falo do melhor podcast de sempre, mas nunca é demais repetir: se gostam de uma boa discussão musical, franca, divertida e que vá mais além da utilização de quatro adjectivos numa frase de cinco palavras (ou seja, a única discussão musical que terão comigo), isto é material obrigatório.

Escolham o que escolherem, lembrem--se: melhor do que estas sugestões não há... pelo menos até ao próximo melhor disco de sempre, à série mais fabulosa da história da humanidade e ao podcast mais extraordinário da galáxia.