Opinião
Novas freguesias, velhas freguesias
Resta saber se Leiria, depois de ter passado de 29 para 18 freguesias, ficará com 20 ou 21 freguesias em 2025
Quando em 2012 foi feita a reorganização territorial com a redução das freguesias, de 4.259 para 3.091, muitas das autarquias em causa manifestaram o respetivo desacordo, rejeitando a redução imposta pelo Governo. Este ignorou as identidades locais e baseou a sua decisão em critérios relacionados com a estatística.
Doze anos depois, o tema voltou a estar em cima da mesa e foram várias as freguesias que solicitaram a restituição da sua autonomia como freguesia independente e não inserida numa união de freguesias. Alguns dos critérios estavam relacionados com o facto das freguesias em causa fazerem parte da zona urbana do respectivo concelho ou, então, pela sua baixa densidade populacional.
A desagregação de 124 uniões de freguesia, dando a origem a 274 “novas” freguesias, em todo o território de Portugal continental, aprovada pelo grupo de trabalho e pela Comissão do Poder Local e Coesão Territorial, irá a plenário no próximo dia 17 de Janeiro, após mais de seis dezenas de pedidos terem sido excluídos por não cumprirem os critérios exigidos.
No caso do Concelho de Leiria, após o referido plenário e nova reforma administrativa, Souto da Carpalhosa, Ortigosa, Monte Redondo e Carreira poderão voltar a ser freguesias “independentes”, ficando por saber como ficará o caso de Pousos para a qual foi solicitada a criação de uma nova freguesia, saindo da União de Freguesias de Leiria, Pousos Barreira e Cortes.
A Câmara Municipal de Leiria e respectivas uniões de freguesia, em todos os casos, tomaram a posição, e bem, de apoiarem as decisões e desejos das populações. Assim, resta saber se Leiria, depois de ter passado de 29 para 18 freguesias, ficará com 20 ou 21 freguesias em 2025 e, consequentemente, passíveis de se apresentarem como tal às próximas eleições autárquicas.
Seja como for, o importante é que as freguesias tenham mais capacidade de servir os seus habitantes e quem nelas trabalha. Que 2025 seja mais próspero é o desejo que deixo em nome do CEPAE… já agora, não se esqueçam de continuar a preservar e visitar o nosso património ...