Opinião
“Més que incompetència”
No quente Outono que vivemos em Portugal, seguimos com algum distanciamento a confusa situação que decorre na Catalunha.
Aliás, à hora que escrevo este texto é incerto qual o desfecho da sessão do Parlamento da Catalunha – não sei portanto se houve algum tipo de proclamação de independência. Sei, no entanto, que são grandes as pressões – sociais, políticas e económicas – para que não haja qualquer proclamação. Mas será legítima a aspiração da Catalunha de se separar do Estado Espanhol?
A constituição de Espanha reconhece como nacionalidades históricas – ou seja, comunidades com identidade cultural e linguística própria – Catalunha, País Basco e Galiza. Parece, portanto, enquadrar-se no espírito da Paz de Vestefália de “estado-nação”, em que uma entidade cultural (nação) é coincidente com uma entidade política (estado).
Ou seja, a aspiração parece legítima, mas será que os catalães querem ser independentes? O referendo que foi convocado para o dia 1 de Outubro pretendida esclarecer essa dúvida. Era considerado uma boa ideia, quer para partidários da independência quer pelos defensores da unidade espanhola. Mas o referendo foi considerado ilegal e a sua realização em condições normais foi inviabilizada pelo governo espanhol.
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