Opinião

Com o sapatinho cheio de pedras, enfrento 2017 com o habitual vigor!

31 dez 2016 00:00

Há anos que procuro explicação para o enigma que dificulta a qualificação geográfica desta área serrana pré-Estrela. Norte da Estremadura? Sudoeste da Beira?

Antes de dar entrada no novo annus christi vou espreitar os neveiros do Castelo de Trevim, Lousã. Se houver neve, passo por lá o réveillon a recolher flocos para dentro dos 3 poços ainda operacionais. Esta neve é muito mais sã, e fresca, do que a fabricada de forma industrial para os lados do Cadaval. Como sabeis, essa mercadoria torna-se valiosa na Primavera/Verão, e espero, então, poder vendê-la a bom preço.

Infelizmente, não creio que neve, pelo que muito provavelmente seguirei até à Mata da Margaraça, ou até ao Monte Rabadão, onde gosto de comer as passas - incluindo o Pinhal Interior Sul no rol de vítimas do aquecimento planetário. Se o tempo e a tosse me deixarem, completarei o meu habitual périplo Lousã-Gardunha- Lousã a tempo dos Reis.

Há anos que procuro explicação para o enigma que dificulta a qualificação geográfica desta área serrana pré-Estrela. Norte da Estremadura? Sudoeste da Beira? Não sei, e a jurisprudência diverge amplamente. É certo, contudo, que não se identificam quaisquer citânias no distrito de Leiria, o que claramente nos desqualifica como portugueses.

*Investigador

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