Opinião

Teorias (Pós) Rurais

3 mai 2018 00:00

O esvaziamento do velho casco assusta-os, sem a presença das patuscas figuras que há muito alimentavam conversas e negócios.

Os mais antigos residentes da capital de distrito andam por estes dias cabisbaixos com a falta de movimento no centro da cidade.

O esvaziamento do velho casco assusta-os, sem a presença das patuscas figuras que há muito alimentavam conversas e negócios.

Alguns resistentes ainda se lembram das bichas na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, da fogosa Avenida Heróis deAngola, com dois sentidos sempre bem preenchidos, das padeiras da Praça Rodrigues Lobo e das peixeiras no Mercado Santana.

O fim deste mundo estará marcado pelo momento em que o Grémio da Lavoura deixou o Terreiro, substituído, até hoje, pela biblioteca municipal Afonso Lopes Vieira.

Na altura, os velhos leirienses pareceram não ter entendido o que se passava, aliviados, na sua maioria, pela partida das carrinhas e furgonetas carregadas de adubos e venenos agrícolas para os lados dos Marrazes.

Contudo, este terá sido o elemento que tornou a velhacidade em mero espaço de passeio e de celebração de compras e serviços “modernos”.

Essa dramática higienização dos espaços e actores rurais do centro da cidade promoveria, a médio prazo, a sua requalificação enquanto “museu vivo”, de acordo com os anseios de diversos e dis em construirum bom Museu de Cera n

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