Opinião

Ano Novo Vida Nova

5 jan 2024 16:30

Nos últimos 28 anos, o Partido Socialista governou em 22

O ano de 2024 será um daqueles em que, sem qualquer dúvida, mais se pode aplicar a máxima do título que escolhi para este artigo.

Como muito bem recordou Marcelo Rebelo de Sousa na sua mensagem de ano novo, este ano vamos ter três eleições distintas, todas elas com relevante importância para o futuro de Portugal e da Europa.

Começará este ciclo com as eleições regionais nos Açores, a 4 de Fevereiro, seguindo-se no mês de Março, dia 10, as eleições legislativas e terminando o ciclo a 9 de Junho, com as eleições europeias.

Permitam-me que, das três, destaque aquelas que menos se previam realizar em 2024: as eleições legislativas.

Hoje, parece que o tempo passa a correr, e de repente, até parece que as últimas eleições de âmbito nacional foram há muito tempo.

Mas não.

Por força do derrube do Governo PS de António Costa eleito em Outubro de 2019, consequência do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022, foram convocadas eleições legislativas para o dia 30 de Janeiro de 2022, acto eleitoral que viria a conferir a maioria absoluta dos mandatos parlamentares ao Partido Socialista.

Assim, tomou posse a 30 de Março de 2022 o Governo liderado pelo primeiro-ministro António Costa, de maioria absoluta, o que é o mesmo que dizer com todas as condições para cumprir o seu mandato até ao fim, ou seja, até Verão de 2026.

Não vale a pena dissertar aqui sobre tudo aquilo que nos trouxe até aqui, mas sim relembrar a relevante oportunidade, como recordou Marcelo Rebelo de Sousa, de todos os portugueses fazerem as suas opções, escolhendo quem pretendem para liderar os destinos do País.

Somos todos convocados a exercer esse direito democrático, ganho pelo 25 de Abril, que este ano celebra 50 anos, do direito ao voto livre e universal, recordando-nos o Presidente da República que há 50 anos apenas estavam recenseados para votar cerca de dois milhões de portugueses.

É, por isso, muito importante que os portugueses não desperdicem esta oportunidade de dizer o que pretendem, até porque, como a alguns interessa dizer, não são todos iguais, recordando que nos últimos 28 anos o Partido Socialista governou em 22.

Deveremos reflectir se é este País que pretendemos para nós e para as próximas gerações, quando ainda agora nesta quadra natalícia fomos confrontados com inúmeros serviços médicos encerrados, ou os milhares de alunos que acabaram o primeiro período do seu ano escolar sem ter professores a algumas disciplinas ou ainda a constante e máxima carga fiscal que temos em Portugal, que nos leva cerca de metade do nosso vencimento em impostos.

Quando vamos tendo inúmeros indicadores de uma grande percentagem de indecisos sobre se, ou em quem, irão votar, é importante fazer este apelo à reflexão e análise de quem nos trouxe até aqui: uma crise política e uma crise económica e social que têm feito alastrar o empobrecimento do País.

E que 2024 seja o tal Ano Novo que nos traga uma Vida Nova!