Opinião
2020: o ano da Covid-19
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a China será a única economia nacional a expandir-se em 2020, com um acréscimo de 2%.
O ano de 2020 fica inevitavelmente marcado pela pandemia de Covid-19.
Até hoje cerca de 82 milhões de cidadãos foram infetados, dos quais 46 milhões recuperam e 1,77 milhões morreram.
Os Estados Unidos da América são o país mais afetado, com cerca de 20 milhões de casos e mais de 300 mil mortes, seguido pelo Brasil com perto de 200 mil mortes e a India com 150 mil mortes.
Em Portugal cerca de 400 mil pessoas já foram infetadas e mais de 6600 morreram. Além das perdas humanas diretas, milhões de pessoas terão sido afetadas indiretamente com a perda de emprego e com o agravamento de outras patologias, que devido à pandemia, não estão a ser tratadas por falta de recursos dos sistemas de saúde um pouco por todo o mundo.
Em termos económicos, a atual recessão da económica não encontra paralelo desde a segunda guerra mundial.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a China será a única economia nacional a expandir-se em 2020, com um acréscimo de 2%.
A economia americana deve contrair cerca de 5% e a economia europeia terá uma contração ainda maior e a recuperação será menos rápida do que o previsto no verão.
Paolo Gentiloni, Comissário responsável pela pasta da economia na Comissão Europeia, afirmou recentemente: “após a mais grave recessão da história da UE, no primeiro semestre deste ano, e da extraordinária recuperação registada no verão, a retoma da Europa viu-se suspensa com o aumento de casos de Covid-19.
O crescimento voltará a verificar-se em 2021, mas só daqui a dois anos a economia europeia poderá atingir níveis próximos àqueles verificados antes da pandemia”.
O impacto na economia portuguesa está a ser colossal, com as projecções de uma contracção perto dos 9% do Produto Interno Bruto.
Todos os sectores foram atingidos, mas a restauração e hotelaria foram os que mais sentiram e continuarão a sentir as consequências da pandemia.
É muito provável que os níveis de turismo em Portugal não voltem a ser iguais num futuro próximo e que muitos restaurantes, hotéis, pensões e cafés nunca mais abram as portas.
O desemprego vai aumentar e serão precisos vários anos para voltarmos aos números de 2019.
Se a Covid-19 foi o tema dominante em 2020, também o Brexit e as eleições nos Estados Unidos da América (EUA) o foram.
O presente ano foi o último em que o Reino Unido fez parte, mesmo que parcialmente, da União Europeia (UE).
À boleia de uma nova extirpe da Covid-19, a UE e o Reino Unido fecharam um acordo pouco claro e que certamente será revisto muito em breve, visto que nenhum dos lados ficou satisfeito.
Nos Estados Unidos, as eleições mais participadas da sua história deram uma vitória clara a Joe Biden e nem mesmo todas as tentativas autoritárias de Donald Trump para evitar a tomada de posse do presidente eleito terão êxito.
Que o ano de 2021 seja um bom ano para todos os leitores do JORNAL DE LEIRIA!
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990