Sociedade
Vizinhos da pedreira de gesso reclamam de ruído "insuportável"
Os moradores de Casal de Avarela, em Óbidos, queixam-se do ruído e do pó provocados pela pedreira de gesso, que labora próximo da urbanização
A comissão de moradores de Casal de Avarela, em Óbidos, queixa-se do pó e do ruído provocados pela exploração da pedreira de gesso localizada próximo das habitações, barulho que, afirmam, se tem intensificado nas últimas semanas.
Contudo, enquanto os moradores defendem que a empresa tem vindo a ultrapassar os limites do plano de lavra, aproximando-se da zona residencial, composta por cerca de uma centena de casas, a administração da pedreira sublinha que a exploração tem cumprido a legislação e que as habitações é que têm vindo a ser construídas em direcção à mina, cuja fundação antecede à urbanização.
Um dos moradores recorda que, em 2016, o secretário de Estado do Ambiente deu parecer desfavorável à Declaração de Impacto Ambiental da pedreira da Avarela, inviabilizando o seu processo de ampliação. Embora os residentes esperassem que isso se traduziria no final da exploração, tal não aconteceu, nota este morador.
Lembra que, ao longo de anos, por contestação popular, junto da Câmara de Óbidos, das entidades licenciadoras e até da própria administração da empresa, estes conseguiram que os rebentamentos passassem a ser esporádicos. Contudo, o morador relata que a empresa continua a utilizar máquinas para perfurar pedra, como “picão e ripper hidráulico”, que provocam ruído “insuportável” audível dentro das habitações, onde residem pessoas que trabalham por turnos e onde, nesta fase depandemia, muitos se encontram em teletrabalho e em telescola. Menciona ainda o barulho causado pela “pedra atirada para dentro de veículos de carga”, assim como pelas suas buzinas.
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